Brasil tem 34.881 mortes no trânsito em 2023, alta de 2,9%

O número de mortes no trânsito brasileiro aumentou em 2,9% de 2022 a 2023. Passou de 33.894 para 34.881, de acordo com o Atlas de Violência. O relatório elaborado pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) e pelo FBSP (Fórum Brasileiro de Segurança Pública) foi divulgado nesta 2ª feira (12.mai.2025).

A taxa de mortalidade a cada 100 mil habitantes também aumentou. Foi de 15,8 para 16,2. O estudo, que reúne dados de 2013 a 2023, apresentou pela 1ª vez a seção sobre a violência no transporte. Leia a íntegra (PDF – 7 MB).

Segundo a análise, o aumento de motociclistas no Brasil é um dos aspectos que explica o crescimento na mortalidade desde 2019. Os usuários desta modalidade aumentaram mais de 10 vezes nos últimos 30 anos. Eles são as maiores vítimas dos acidentes de trânsito atualmente.

“Isto se deve, entre outros fatores, ao aumento da frota de veículos, especialmente de motocicletas, sem o acompanhamento proporcional de investimentos em infraestrutura e gestão do trânsito”, diz o estudo.

TO LIDERA

Tocantins é o Estado mais letal do ranking. Em 2023, a taxa de mortalidade a cada 100 mil habitantes foi de 33,9. Mato Grosso e Piauí apareceram em seguida com, respectivamente, 27,1 e 25,0. Por outro lado, o Amapá tem a menor taxa do país: de 9,7 mortes por 100 mil habitantes.

A taxa é calculada da seguinte forma: total de vítimas registradas divididas pelo número da população de cada Estado. O resultado é multiplicado por 100 mil.

Quando se trata do número de mortes por unidade federativa, São Paulo está em 1º lugar, com 5.022 registros em 2023. Minas Gerais aparece em 2º lugar (3.249) e a Bahia, em 3º (2.747).

MEDIDAS DE SEGURANÇA

Em 2011, o Brasil foi um dos signatários da Década de Ação pela Segurança no Trânsito da ONU (Organização das Nações Unidas). A meta global era a redução em 50% da mortalidade no trânsito até 2020. Os dados brasileiros destoam do objetivo.

O Atlas da Violência afirma que alguns agravantes da mortalidade são: o aumento do número de motociclistas; as más condições das ruas; a falta de fiscalização e a extinção do seguro DPVAT (Danos Pessoais por Veículo Automotores de Via Terrestre).

De acordo com o relatório, o PNATRANS (Plano Nacional de Redução de Mortes e Lesões no Trânsito), pode ajudar a amenizar a questão. A iniciativa reúne orientações de trânsito criadas em 2018 e atualizadas em 2023. O objetivo do programa é implementar 70 novas diretrizes até 2030.

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