Paolla Oliveira defende aborto no Roda Viva e é alvo de críticas de conservadores

Durante sua participação no programa Roda Viva, a atriz Paolla Oliveira defendeu o direito das mulheres ao aborto legal. Ao ser questionada sobre o tema, ela destacou que não debater esse direito representa um retrocesso. Segundo ela, é essencial garantir às mulheres a liberdade de decidir sobre o próprio corpo, inclusive sobre ter filhos ou não. Paolla reforçou que essa autonomia é parte de um debate maior sobre pressão estética, liberdade individual e direitos femininos.

Pontos Principais:

  • Paolla defende o direito ao aborto como escolha individual da mulher.
  • Declaração causou polêmica e foi criticada por políticos e ativistas pró-vida.
  • A atriz revelou que já perdeu trabalhos por escolher não ter filhos.
  • Pesquisas indicam aumento de mulheres e casais que não desejam ter filhos.

A repercussão nas redes sociais foi imediata. Usuários criticaram duramente a fala da atriz, com ataques que misturaram argumentos religiosos, morais e ideológicos. Alguns comentários acusaram Paolla de promover valores anticristãos, enquanto outros afirmaram que decisões como o aborto deveriam ser tomadas em conjunto pelo casal, e não de forma individual.

A vereadora Janaína Paschoal se posicionou diretamente contra a declaração da atriz, sugerindo que se a mãe de Paolla tivesse tido essa mesma opinião, a própria atriz não estaria viva hoje. A crítica se baseou na ideia de que o aborto interfere na vida de outro ser e, portanto, não pode ser tratado como uma simples escolha pessoal.

Paolla Oliveira defendeu o direito ao aborto como escolha da mulher em entrevista ao Roda Viva, argumentando que negar esse debate é retroceder nos direitos femininos.
Paolla Oliveira defendeu o direito ao aborto como escolha da mulher em entrevista ao Roda Viva, argumentando que negar esse debate é retroceder nos direitos femininos.

A ativista pró-vida Zezé Luz também se pronunciou, dizendo que o aborto não se limita ao corpo da mulher, pois envolve outra vida em desenvolvimento. Em entrevista, ela afirmou que o procedimento pode causar traumas psicológicos graves, como depressão, vícios e tentativas de suicídio, considerando a mulher uma “segunda vítima” da prática.

Paolla também comentou sobre a decisão de não ter filhos, revelando que já foi preterida em trabalhos por essa escolha. Aos 42 anos, ela disse ter congelado óvulos para manter opções abertas no futuro, mas reforçou que a maternidade deve ser uma decisão genuína, não uma imposição social.

Estudos citados pela atriz e pela imprensa apontam que a escolha de não ter filhos vem crescendo entre mulheres e casais no Brasil. Dados do IBGE mostram que o número de casais que não desejam filhos passou de 13% em 2000 para 19% em 2020. Já uma pesquisa da farmacêutica Bayer revelou que 37% das brasileiras não planejam ter filhos.

Segundo a consultoria MarketWatch, boa parte das pessoas que optam por não ter filhos canaliza recursos para outras áreas, como viagens. Apenas um terço menciona o custo elevado como motivo principal, enquanto a maioria diz não se arrepender da decisão.

Fonte: Brasilparalelo e Veja.

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