Bolsa atinge máxima histórica com Trump e Copom no radar

O Ibovespa, principal índice da B3 (Bolsa de Valores de São Paulo), atingiu 137.634,57 pontos nesta 5ª feira (8.mai.2025), o maior patamar da história. Subiu 3,18% na máxima. O recorde anterior era de 28 de agosto de 2024, aos 137.343 pontos. O dólar atingiu R$ 5,66 na mínima do dia. Às 15h, recuava 1,13%, aos R$ 5,68.

Às 14h53, o Ibovespa subia 2,72%, aos 137.022 pontos. A alta está relacionada ao cenário internacional. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou o acordo comercial fechado pelo país com o Reino Unido.

“O acordo com o Reino Unido é completo e abrangente, e consolidará o relacionamento entre os Estados Unidos e o Reino Unido por muitos anos”, disse o presidente norte-americano na Truth Social. “Muitos outros acordos, que estão em estágios avançados de negociação, virão a seguir”, afirmou.

O governo britânico espera que os focos das negociações sejam os setores automobilístico e metalúrgico, segundo o jornal Financial Times. No início da guerra comercial, Trump havia taxado aço, alumínio e carros em 25%. Depois de suspender o tarifaço, manteve um imposto global de 10%.

O primeiro-ministro Keir Starmer demonstrou interesse em reduzir as tarifas nos setores de farmácia e aeroespacial. Em troca da redução, o Reino Unido cogita diminuir a alíquota de serviços digitais que gigantes da tecnologia dos EUA pagam. Os britânicos também podem diminuir a taxação sobre a carne, frutos do mar e carros.

De acordo com o New York Times, o governo Trump está finalizando negociações com Israel e Índia. Segue tratando com Japão, Coreia do Sul, Vietnã e outros países.

As notícias dão otimismo aos agentes financeiros. Os investidores também reagem às decisões de política monetária dos Estados Unidos e do Brasil. Na 4ª feira (7.mai), o Fed (Federal Reserve, o banco central norte-americano) manteve a taxa de juros no patamar de 4,25% a 4,50% ao ano e o BC (Banco Central) subiu de 14,25% para 14,75% ao ano a taxa básica, a Selic.

O Copom (Comitê de Política Monetária) deixou a porta aberta para uma possível alta da Selic na próxima reunião, em junho.

Os agentes financeiros reagem também à temporada de balanços financeiros das empresas. O Bradesco registrou lucro líquido recorrente de R$ 5,86 bilhões no 1º trimestre, com alta de 39% em relação aos R$ 4,21 bilhões do mesmo período de 2024.

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