Morgan Stanley avalia acordo da Toyota e Waymo como concorrência à Tesla

Um potencial acordo entre a Toyota e a Waymo pode ser um ponto de virada na corrida pela tecnologia de direção autônoma e representa um sério desafio à dominância da Tesla, segundo o Morgan Stanley.

A Waymo, unidade de condução autônoma do Google, estava em conversas iniciais com a Toyota para explorar a cooperação em tecnologia autônoma para veículos de propriedade pessoal.

Analistas do Morgan Stanley chamaram o desenvolvimento de um “marco importante” que pode remodelar o cenário competitivo.

“Ter a maior montadora do mundo unindo forças com a maior empresa de robotáxi do mundo, apoiada pela maior empresa de mecanismo de busca do mundo, é uma combinação formidável”, escreveram os analistas.

A Tesla opera atualmente a maior frota mundial de veículos definidos por software, estimada em cerca de 8 milhões.

Avanços em IA (inteligência artificial), especialmente modelos de visão-linguagem-ação, aumentaram a necessidade de dados de condução do mundo real.

O acesso da Waymo aos veículos da Toyota poderia impulsionar significativamente sua capacidade de coletar e treinar com esses dados, criando o que o Morgan Stanley chamou de “corrida por fótons”.

Isso poderia criar um efeito cascata para outros players, incluindo a Mobileye, à medida que o mercado de sistemas avançados de assistência ao motorista se torna cada vez mais concorrido, especialmente com montadoras chinesas oferecendo mais recursos de ponta como padrão.

O Morgan Stanley vê implicações mais amplas para o setor, desde possíveis parcerias de fabricantes com a Waymo até uma mudança na forma como as montadoras abordam a autonomia.

A Tesla, que vem se afastando dos modelos tradicionais de automóveis, pode enfrentar mais pressão para licenciar seu software de “Condução Totalmente Autônoma” ou formar parcerias, disseram os analistas.

A instituição também observou que a postura não competitiva da Waymo com as montadoras, diferentemente da Tesla, pode ajudá-la a conquistar mais acordos com fabricantes ao longo do tempo.


Com informações da Investing.com Brasil. 

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