Biometria toma o lugar das senhas e promete virar padrão nos meios de pagamento

Já faz um tempo que as senhas deixaram de ser suficientes para proteger nossas transações. Com a sofisticação das fraudes digitais crescendo na mesma velocidade da inovação, os métodos de autenticação também precisaram evoluir. E é aí que a biometria — seja facial, digital ou comportamental — vem ganhando protagonismo e se consolidando como o novo padrão de segurança nos meios de pagamento.

Segundo um relatório publicado pela Juniper Research em 2025, mais de 4,2 bilhões de dispositivos móveis ao redor do mundo já contam com algum tipo de autenticação biométrica ativa, e a expectativa é de que 57% de todas as transações digitais globais sejam autenticadas biometricamente até o fim de 2026.

O avanço das tecnologias biométricas tem permitido que pagamentos se tornem não só mais rápidos, mas também muito mais seguros. Do desbloqueio por impressão digital à leitura da íris em smartwatches, os novos recursos estão se integrando com naturalidade ao dia a dia do consumidor — e o setor financeiro está acompanhando essa mudança de perto.

“Hoje, a pergunta já não é mais se a biometria vai dominar o mercado de pagamentos, e sim como ela vai evoluir para atender às novas demandas de segurança e experiência do usuário”, afirma Daniel Rocha, Gerente Executivo de Produtos e Inovação da Entrepay. “Nossa prioridade tem sido oferecer soluções que tornem a autenticação invisível e intuitiva, sem abrir mão da proteção de dados”, complementa.

Um dos grandes impulsionadores deste movimento é a crescente adesão ao passkey, uma tecnologia que substitui senhas por métodos biométricos sincronizados entre dispositivos — uma iniciativa já adotada por gigantes como Google, Apple e, mais recentemente, pela Visa com o Visa Payment Passkey. A ideia é simples: se sua identidade pode ser confirmada com uma digital ou um sorriso, por que memorizar combinações de letras e números?

A diversidade de métodos biométricos também chama a atenção. Impressões digitais ainda são o tipo mais popular, mas biometria facial e de voz vêm ganhando espaço, especialmente em dispositivos móveis e assistentes virtuais. Daniel Rocha ressalta: “A tendência é que a biometria se torne cada vez mais contextual — adaptada ao ambiente e ao canal usado pelo cliente. Isso amplia as possibilidades de uso e torna o processo mais fluido e seguro.”

Além disso, um estudo conduzido pela consultoria Accenture revelou que 73% dos consumidores brasileiros se sentem mais seguros utilizando biometria do que senhas em apps bancários e carteiras digitais. O número só reforça a aceitação crescente dessa tecnologia no país.

Embora ainda existam desafios — como garantir privacidade e evitar falsos positivos — o futuro dos pagamentos será, cada vez mais, moldado por uma tecnologia que reconhece o que temos de mais único: o nosso corpo.

O post Biometria toma o lugar das senhas e promete virar padrão nos meios de pagamento apareceu primeiro em ISTOÉ DINHEIRO.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.