Representante de bet é preso em flagrante durante CPI no Senado

A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) pediu a prisão do representante de uma empresa acusada de processar pagamentos para uma casa de apostas investigada durante depoimento na CPI das Bets, nesta 3ª feira (29.abr.2025). Ele é acusado de falso testemunho. A detenção foi executada pela Polícia Legislativa.

Daniel Pardim, representante da Peach Blossom River Technology, driblou os questionamentos dos senadores a respeito da sua ligação com a empresa, vinculada com a Payflow Processadora de Pagamentos Ltda. A dona, Adélia Soares, foi indiciada por associação criminosa e falsidade ideológica pela PCDF (Polícia Civil do Distrito Federal).

A empresária é suspeita de abrir empresas de fachada para bets chinesas oferecerem apostas esportivas ilegais no Brasil. O esquema teria movimentado cerca de R$ 2,5 bilhões. Segundo o requerimento de convocação de Pardim, “há indícios de que a Peach Blossom River Technology possua vínculo societário com a empresa Payflow Processadora de Pagamentos”.

Adélia Soares também deveria comparecer à sessão, mas não foi ao Senado por estar fora do Brasil. O presidente, Dr. Hiran (PP-RR), determinou a sua condução coercitiva, após tentativas falhas de convocá-la.

Ante o pedido de prisão, os advogados de Pardim questionaram a atitude de Thronicke, que é relatora, e a acusaram de “abuso de autoridade”–ao que a senadora respondeu: “me processe”.

Após o tumulto, a sessão foi suspensa por 5 minutos. Na retomada, Dr. Hiran disse que os integrantes deliberaram e acionaram a polícia. Depois do bate-boca, a relatora também pediu que os advogados fossem retirados da sessão.

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