Faculdade de medicina expulsa alunos por faixa considerada machista

A Faculdade Santa Marcelina anunciou, na última 2ª feira (28.abr.2025), que desligou 12 alunos do curso de medicina que tiraram uma foto com uma faixa contendo a frase “entra porra, escorre sangue”, em alusão ao crime de estupro, durante um evento esportivo realizado em março.

“A Faculdade Santa Marcelina comunica que as sindicâncias instauradas em 21 de março de 2025, em decorrência dos fatos ocorridos em 15 de março, envolvendo integrantes da Associação Atlética Acadêmica e relacionados a um torneio esportivo, foram apreciadas em primeira instância nesta segunda-feira (28). Como resultado, 12 (doze) estudantes foram desligados da Instituição nesta data, e outros 11 (onze) receberam sanções regimentais, incluindo suspensões e outras medidas disciplinares. Além disso, a Associação Atlética Acadêmica permanecerá interditada por tempo indeterminado”, informou a instituição de ensino.

Em março, a deputada federal Sâmia Bomfim (Psol-SP) protocolou uma ação no MP (Ministério Público) do Estado de São Paulo contra a AAAPV (Associação Atlética Acadêmica Pedro Vital) e estudantes do curso de medicina da Faculdade Santa Marcelina.

“A universidade deve ser um espaço seguro e respeitoso para todos. A utilização de frases que fazem apologia ao estupro e desprezam o gênero feminino não pode ser tolerada. Os responsáveis devem ser punidos, não apenas no ambiente acadêmico, mas também perante a sociedade”, lê-se no documento encaminhado ao MP.

Ainda em março, a Faculdade Santa Marcelina disse que havia instaurado uma sindicância interna para apurar o caso. Já a AAAPV pediu desculpas e afirmou que a faixa havia sido confeccionada por calouros, anunciando também o afastamento de integrantes da gestão de 2025.

“Comprometida com a transparência, os princípios éticos e morais, a dignidade social e acadêmica, bem como com a legislação vigente, a Faculdade Santa Marcelina reafirma sua postura proativa e colaborativa em relação ao assunto, perante as autoridades competentes”, disse o comunicado da faculdade.

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