Com recurso negado na CCJ, Glauber Braga trabalha para reverter cassação no plenário

Com 44 votos a favor do relatório do deputado Alex Manente (Cidadania-SP), o processo de cassação do deputado federal Glauber Braga (Psol-RJ) vai a plenário para deliberação. O parlamentar conquistou apenas 22 votos contra o prosseguimento da denúncia.

O resultado já era esperado, levando em consideração que a maioria da CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), é contrária à manutenção do mandato de Braga. O deputado trabalhará agora para articular votos para se manter vivo no Congresso Nacional e evitar que haja votação no plenário da Câmara.

Glauber Braga tem dois meses para conquistar votos contrários a cassação

Com rejeição na CCJ, Glauber Braga busca reverter quadro de cassação no plenário – Foto: Bruno Spada/Câmara/ND

Glauber Braga tem dois meses para organizar a defesa e conquistar votos suficientes para se manter no posto de deputado federal. O prazo é o que foi dado pelo presidente Hugo Motta (Republicanos-PB) para que Braga pudesse se defender.

Para que o parlamentar perca do mandato é necessário no mínimo 257 votos favoráveis a cassação. Glauber Braga tem que conquistar a base aliada ao governo, entre esquerda e centro, mais os insatisfeitos da direita. Com isso, evitaria a cassação.

O deputado tem menos de dois meses para garantir apoio, já que o presidente Hugo Motta (Republicanos-PB), firmou acordo em esperar 60 dias para dar prosseguimento ao processo internamente.

Superado o prazo, Motta afirmou que deve pautar o processo de cassação contra Braga. Embora haja esse afirmação, ainda não se tem data para que o processo chegue ao plenário.

Relembre a denúncia contra Glauber Braga

O deputado federal foi acusado de agredir o militante do MBL (Movimento Brasil Livre), Gabriel Costanaro, em abril de 2024. O parlamentar teria expulsado Gabriel, da Câmara do Deputados com chutes.

Glauber Braga no momento da suposta agressão a Gabriel Costenaro

Momento em que Glauber Braga teria agredido o militante do MBL – Foto: Reprodução redes sociais/ND

Glauber afirma que foi provocado pelo militante com xingamentos, inclusive contra a mãe do deputado. Braga reconheceu que perdeu o controle. Após confirmação da votação no conselho de ética, o parlamentar fez greve de fome por nove dias.

A cassação de Glauber foi aprovada por 13 votos contra cinco, no conselho de ética da Câmara. O deputado acusa o processo de fazer parte de perseguição política promovida pelo ex-presidente Arthur Lira (PP-AL), após denúncia contra o orçamento secreto de Lira.

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