BYD supera Tesla em lucro e vendas no 1º trimestre de 2025 e consolida liderança global em elétricos

Nos primeiros meses de 2025, a BYD consolidou um avanço expressivo no mercado global de veículos elétricos. O desempenho financeiro e operacional da montadora chinesa no primeiro trimestre do ano chamou atenção e reforçou a sua presença em mercados estratégicos, especialmente na Europa e na Ásia. A empresa também aproveitou a instabilidade de concorrentes diretos para expandir sua participação de mercado em segmentos antes dominados por fabricantes tradicionais.

Pontos Principais:

  • A BYD registrou lucro de US$ 1,26 bilhão no primeiro trimestre de 2025.
  • A montadora vendeu 1.000.804 veículos no período, superando a Tesla.
  • Reestruturação na Europa inclui oferta de híbridos e nova liderança regional.
  • China se torna maior exportadora de carros, impulsionada pelo crescimento da BYD.

O lucro registrado pela BYD no primeiro trimestre alcançou 9,15 bilhões de yuans, equivalente a aproximadamente US$ 1,26 bilhão. Esse resultado representa uma alta de 117,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A receita no período foi de 170,3 bilhões de yuans, o que corresponde a US$ 23,3 bilhões, indicando um crescimento de 36,3% frente a 2024. Além disso, a empresa anunciou a venda de 1.000.804 veículos entre janeiro e março, com aumento de 59,8% na comparação anual.

A BYD registrou um lucro de US$ 1,26 bilhão no primeiro trimestre de 2025, com aumento de 117,8%, superando sua principal concorrente no mercado de veículos elétricos, a Tesla.
A BYD registrou um lucro de US$ 1,26 bilhão no primeiro trimestre de 2025, com aumento de 117,8%, superando sua principal concorrente no mercado de veículos elétricos, a Tesla.

Enquanto expande suas operações, a BYD também realiza ajustes estratégicos para enfrentar desafios regionais. Na Europa, a montadora revisou sua abordagem inicial e reformulou seu modelo de negócios para melhor atender as particularidades de cada país, incorporando veículos híbridos e fortalecendo a presença local com a contratação de executivos experientes.

Resultados financeiros e operacionais

O início de 2025 foi marcado por números expressivos para a BYD, tanto em receita quanto em volume de vendas. As receitas da montadora totalizaram 170,3 bilhões de yuans no primeiro trimestre, impulsionadas pela venda de mais de 1 milhão de veículos. A comparação com o mesmo período do ano anterior mostra um avanço de 36,3% na receita e de 117,8% no lucro.

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Os dados de vendas indicam crescimento sólido, apesar de uma retração de 34,3% em relação ao último trimestre de 2024. Este recuo é atribuído à sazonalidade do setor e à dinâmica de mercado no início do ano. Mesmo assim, a BYD manteve sua liderança frente a concorrentes diretos.

A Tesla, principal rival da montadora chinesa no setor de veículos elétricos, apresentou queda tanto em lucro quanto em receita no mesmo período, o que contribuiu para a ampliação da distância entre as duas empresas no mercado global.

  • Lucro de US$ 1,26 bilhão no 1º trimestre de 2025
  • Receita de US$ 23,3 bilhões no período
  • Venda de 1.000.804 veículos entre janeiro e março

Reestruturação estratégica na Europa

Ao enfrentar obstáculos em sua expansão no continente europeu, a BYD reconheceu a necessidade de adaptar seu modelo de negócios. Anteriormente, a empresa tratava a Europa como um mercado único, replicando a mesma estratégia utilizada na China e nos Estados Unidos, o que resultou em dificuldades de penetração em mercados tradicionais como o alemão.

Entre as medidas adotadas, destaca-se a contratação de executivos europeus para liderar operações regionais, incluindo nomes de peso como Alfredo Altavilla, ex-Fiat Chrysler, que trouxe uma nova perspectiva estratégica. A reestruturação incluiu também a introdução de modelos híbridos plug-in, adequando a oferta à demanda local.

A liderança da operação na Europa passou para Stella Li, com a missão de reposicionar a marca em mercados diversificados, respeitando as particularidades de cada país e corrigindo falhas de comunicação que afetaram a aceitação da marca inicialmente.

  • Contratação de Alfredo Altavilla para a liderança estratégica
  • Substituição da liderança regional por Stella Li
  • Ampliação do portfólio com híbridos plug-in

Impactos no mercado global

Enquanto ajustava sua presença na Europa, a BYD manteve crescimento contínuo em outros mercados. A empresa aproveitou a queda nas vendas da Tesla na Europa para ocupar espaços estratégicos, impulsionando a exportação de veículos e consolidando sua posição como maior fabricante de elétricos no mundo.

Além dos modelos tradicionais, a BYD também investiu em nichos específicos. Um dos destaques foi o lançamento do sedã E7, voltado para motoristas de aplicativos, combinando custo acessível e tecnologias de assistência ao condutor. Este modelo visa atender a uma demanda crescente por veículos adaptados a serviços de mobilidade.

No cenário global, a indústria automotiva chinesa alcançou um marco histórico ao se tornar a maior exportadora mundial de veículos, superando fabricantes americanos, alemães e japoneses, que tradicionalmente lideravam o setor.

  • Lançamento do sedã E7 focado em motoristas de aplicativo
  • Expansão das exportações chinesas de veículos em 2025
  • Redução da participação da Tesla em mercados estratégicos

Perspectivas para os próximos trimestres

A tendência de crescimento da BYD deverá se manter nos próximos trimestres, sustentada pela diversificação de produtos, pela consolidação de sua rede internacional de vendas e pelos investimentos em tecnologia. A empresa continua a desenvolver recursos de direção assistida e inovações em segurança, inclusive em modelos de entrada.

Especialistas apontam que a expansão da BYD exige paciência e adaptação contínua às exigências locais, principalmente em mercados como o europeu, onde a concorrência é intensa e os consumidores valorizam tradição e tecnologia de ponta. A empresa já demonstra sinais de amadurecimento estratégico nesse sentido.

A consolidação como líder global do setor de veículos elétricos dependerá da capacidade de manter a inovação constante e de responder rapidamente às mudanças nas políticas comerciais e regulatórias de diferentes regiões.

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