O que é ISS? Entenda onde e quem paga por esse imposto

O ISS é um tributo essencial no Brasil e impacta diretamente empresas e profissionais que prestam serviços. 

Diferente de outros impostos, ele é de competência municipal, o que significa que cada cidade pode definir suas próprias regras e alíquotas para a cobrança.

Saiba o que é ISS, como ele é cobrado, quem precisa pagar e como calcular esse imposto municipal corretamente.

O que é o ISS?

ISS é a sigla para Imposto Sobre Serviços, um tributo cobrado sobre a prestação de serviços, por municípios e pelo Distrito Federal. 

Esse imposto é aplicado a uma grande variedade de atividades econômicas, desde consultorias e serviços médicos até transporte e construção civil.

Sua alíquota pode variar conforme a atividade realizada e a legislação definida por cada cidade.

Além disso, o ISS é uma das principais fontes de receita para os municípios, sendo utilizado para financiar serviços públicos, como educação, saúde e infraestrutura urbana.

Entenda: Quais são tributos federais, estaduais e municipais?

Diferença entre ISS, ICMS e outros impostos sobre serviços

O ISS e o ICMS são frequentemente confundidos, pois ambos envolvem tributos sobre atividades econômicas. 

No entanto, esses impostos possuem grandes diferenças entre si:

  • ISS (Imposto Sobre Serviços): tributo municipal cobrado sobre a prestação de serviços
  • ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços): tributo estadual aplicado sobre a comercialização de bens e alguns serviços de transporte e comunicação

Também existem outros tributos que também podem incidir sobre determinadas atividades de prestação de serviços, como o PIS e a COFINS, que são contribuições sociais voltadas ao financiamento da seguridade social.

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Por que o ISS foi criado?

O ISS, ou Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISSQN), foi criado para garantir que os municípios tenham uma fonte de arrecadação própria, uma vez que muitas atividades econômicas estão ligadas à prestação de serviços. 

Ele surgiu como uma alternativa ao antigo Imposto sobre Vendas e Consignações (IVC), substituído pelo ICMS e ISS durante a reforma tributária da década de 1960.

Saiba mais: O que mudou com a Reforma Tributária?

Os valores arrecadados com o ISS são destinados ao orçamento das cidades, sendo aplicados na manutenção e melhoria de serviços essenciais, como saúde, educação e segurança pública. 

Assim, o tributo contribui diretamente para o desenvolvimento local e para a qualidade de vida da população.

Quem deve pagar o ISS?

O ISS deve ser pago por todas as empresas e profissionais autônomos que prestam serviços listados na legislação municipal. 

Esse imposto é obrigatório para quem realiza atividades econômicas enquadradas na Lei Complementar 116/2003, que define os serviços sujeitos à tributação.

Entre os contribuintes obrigados ao pagamento do ISS, estão:

  • Empresas prestadoras de serviços: qualquer empresa que ofereça serviços, independentemente do porte ou regime tributário
  • Profissionais autônomos e liberais: advogados, médicos, engenheiros, arquitetos, designers e demais prestadores de serviços individuais
  • Microempreendedores Individuais (MEIs): MEIs que atuam com serviços devem pagar ISS, mas a cobrança pode estar incluída no valor fixo mensal do Simples Nacional
  • Sociedades uniprofissionais (SUPs): empresas formadas por profissionais da mesma área, como escritórios de advocacia e clínicas médicas, podem ter regras diferenciadas de pagamento do ISS

A obrigação de recolhimento pode variar de acordo com a cidade onde o serviço é prestado, já que cada município pode definir regras específicas. 

Outro detalhe é que alguns serviços podem ter isenção ou regimes diferenciados, dependendo da legislação municipal.

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Como é calculado o ISS?

O cálculo do ISS depende da alíquota definida pelo município específico onde o serviço foi prestado.

Esse imposto é calculado com base no valor do serviço e a alíquota pode variar entre 2% e 5%, conforme a legislação de cada cidade.

A fórmula básica para calcular o ISS é:

Valor do Serviço X Alíquota do Município (em porcentagem) = Valor do ISS 

Por exemplo, se uma empresa presta um serviço no valor de R$ 5.000,00 e a alíquota do ISS no município for 3%, o imposto devido será:

R$ 5.000,00 x 3% = R$ 150,00

Além disso, algumas prefeituras cobram o ISS de maneira fixa para profissionais autônomos e microempreendedores individuais (MEIs), enquanto para empresas ele é geralmente calculado sobre o faturamento mensal.

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Outro ponto importante é que o ISS deve ser recolhido no município onde o serviço foi prestado, com algumas exceções previstas em lei, como serviços financeiros e de construção civil.

Onde o ISS é recolhido e como é fiscalizado?

O recolhimento do ISS de empresas e profissionais autônomos deve ser feito por meio do pagamento do imposto à prefeitura da cidade onde a atividade ocorreu.

Algumas exceções podem existir, como nos setores financeiro e de construção civil, que seguem regras específicas.

Cada prefeitura estabelece suas próprias normas sobre alíquotas, prazos e formas de pagamento. 

Em geral, o ISS é recolhido por meio de uma guia de arrecadação, emitida no site da prefeitura ou no sistema de Nota Fiscal de Serviço Eletrônica (NFS-e).

A fiscalização do ISS é feita pelas Secretarias Municipais da Fazenda, que utilizam diferentes métodos para verificar se o imposto foi pago corretamente:

  • Cruzamento de dados: as prefeituras analisam as notas fiscais emitidas, declarações de faturamento e outros registros contábeis para verificar se o ISS foi pago corretamente
  • Auditorias e fiscalizações: empresas e autônomos podem ser notificados para apresentar documentos e comprovar o pagamento do imposto
  • Penalidades para irregularidades: inadimplentes do ISS podem sofrer multas, juros e até processos de execução fiscal, podendo levar ao bloqueio de bens

Manter o pagamento do ISS em dia é fundamental para evitar problemas fiscais e garantir que a empresa esteja dentro da legalidade.

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Como emitir a guia de pagamento do ISS?

A forma de emissão da guia de pagamento do ISS pode variar de acordo com cada município, mas geralmente segue os seguintes passos:

  1. Acessar o site da prefeitura ou sistema de Nota Fiscal Eletrônica
  2. Informar os dados do serviço prestado
  3. Gerar o boleto ou guia de pagamento
  4. Efetuar o pagamento dentro do prazo estipulado

Vale lembrar que manter os comprovantes de pagamento é essencial para evitar problemas com a fiscalização tributária.

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O que acontece se não pagar o ISS corretamente?

Caso o ISS não seja pago corretamente, diversas consequências podem ser geradas para empresas e profissionais autônomos. 

A primeira penalidade costuma ser a aplicação de multas e juros, que aumentam o valor devido e dificultam a regularização da situação fiscal. 

Além disso, a empresa pode ser impedida de emitir notas fiscais, o que pode prejudicar a continuidade de suas atividades.

Caso a inadimplência persista, o débito pode ser inscrito na dívida ativa do município, levando a um processo de execução fiscal. 

Isso significa que a prefeitura pode tomar medidas legais para cobrar o valor devido, incluindo o bloqueio de bens e contas bancárias

Empresas com pendências no ISS também podem enfrentar dificuldades para obter certidões negativas de débito, essenciais para participar de licitações e firmar contratos com órgãos públicos.

Confira também: Posso fazer parcelamento da dívida ativa?

Em caso de atraso ou dívida pendente, a regularização dos débitos deve ser feita diretamente com a prefeitura do município, seja por meio do pagamento integral do valor devido ou da negociação de um parcelamento.

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