Collor continua preso em Maceió até nova ordem do STF

O ex-presidente Fernando Collor de Mello, 75 anos, deve continuar preso na Superintendência da Polícia Federal em Maceió (AL) até nova definição do STF (Supremo Tribunal Federal). Ele foi detido na madrugada desta 6ª feira (25.abr.2025) pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa.

À CNN, o diretor Geral da PF, Andrei Rodrigues, afirmou que segue “à risca” a determinação do ministro do STF Alexandre de Moraes sobre a prisão do ex-presidente.

Os advogados de Collor afirmaram que ele foi preso por volta das 4h da manhã, horas após a ordem de Moraes. Ele se dirigia para Brasília para se apresentar à Justiça de forma espontânea no momento da prisão.

“A defesa da ex-presidente da República Fernando Collor de Mello confirma sua prisão hoje, 25 de abril, em Maceió, às 4 horas da manhã, quando estava se deslocando para Brasília para cumprimento espontâneo da decisão do Ministro Alexandre de Moraes. O ex-presidente Fernando Collor de Mello encontra-se custodiado, no momento, na Superintendência da Polícia Federal na capital alagoana. São estas as informações que temos até o momento”, disse o advogado Marcelo Bessa ao O Globo.

No despacho em que determinou a prisão de Collor, Moraes também rejeitou o último recurso apresentado pela defesa do ex-presidente, que buscava reduzir a pena com base na divergência entre os votos dos ministros da Corte. Leia a íntegra (PDF – 427 kB).

CONDENAÇÃO

Fernando Collor foi condenado em 2023 por corrupção em um processo que derivou da operação Lava Jato. Ele foi denunciado em 2015 pela PGR (Procuradoria Geral da República) ao STF, que iniciou uma ação penal contra o então senador por Alagoas. Collor deixou o Congresso em 2022, quando não foi eleito.

A prisão se dá 33 anos depois de o ex-chefe do Executivo ter sofrido um processo de impeachment por um esquema de tráfico de influência durante o seu governo, e de corrupção em reformas na casa da família em Brasília.

A denúncia acusava Collor de ter recebido uma propina de R$ 20 milhões para favorecer a UTC Engenharia em contratos com a BR Distribuidora (hoje Vibra Energia), subsidiária da Petrobras. Além disso, o ex-presidente teria influenciado as indicações à diretoria da distribuidora de combustíveis. Os pagamentos foram feitos de 2010 a 2014.

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