Voepass pede recuperação judicial para reestruturar finanças; veja

Voepass pede recuperação judicial para reestruturar finanças; veja

Nesta quarta-feira, 23 de abril de 2025, a Voepass Linhas Aéreas anunciou que entrou com um pedido de recuperação judicial no Tribunal de Justiça de São Paulo. A medida visa reestruturar as finanças da companhia e reorganizar seus compromissos financeiros. O pedido foi protocolado na terça-feira, 22 de abril, e foi confirmado pelo tribunal.

José Luiz Felício Filho, CEO da Voepass, afirmou que, com o cenário enfrentado pela empresa, essa era a única alternativa para uma reestruturação eficaz, a fim de garantir que a Voepass continue sendo um serviço essencial para o desenvolvimento do Brasil.

Histórico da recuperação judicial

Esta não é a primeira vez que a Voepass solicita recuperação judicial. A companhia já havia feito um pedido similar entre 2012 e 2017, período no qual a empresa conseguiu reestruturar suas finanças e operações. Durante esses anos, a Voepass transportou mais de 2,7 milhões de passageiros.

Caso o novo pedido de recuperação judicial seja aceito, todos os passivos da empresa serão congelados e renegociados com base em um plano de pagamento que será elaborado para atender a todos os credores.

Objetivo do plano de recuperação

O pedido de recuperação judicial é uma continuidade do processo de reestruturação financeira iniciado pela companhia em fevereiro deste ano. A Voepass busca garantir sustentabilidade financeira para poder continuar conectando o interior do Brasil aos grandes centros urbanos.

No entanto, os processos indenizatórios relacionados ao acidente aéreo ocorrido em agosto de 2024 em Vinhedo, que resultou na morte de 62 pessoas, não estão cobertos por esse processo. A companhia afirmou que esses casos estão sendo tratados diretamente pela seguradora.

Viagem de avião – Créditos: depositphotos.com / dell640

Suspensão das atividades pela Anac

Desde março deste ano, a Voepass teve suas atividades suspensas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), devido a não conformidades em seus sistemas de gestão. A Anac decidiu que a suspensão permanecerá até que a empresa prove que as falhas foram corrigidas.

Em resposta à Anac, a Voepass afirmou estar trabalhando de forma transparente e colaborativa para regularizar a situação e retomar suas operações o mais rápido possível, sempre priorizando a segurança dos passageiros.

Latam e a crise financeira da Voepass

No pedido de recuperação judicial, a Voepass também mencionou a Latam como responsável por parte de sua crise financeira. As duas empresas mantinham um acordo de codeshare (compartilhamento de voos), que foi interrompido após o acidente de agosto de 2024.

A Voepass alegou que a suspensão dos voos e a falta de geração de caixa, em grande parte devido aos inadimplementos da Latam, agravaram a situação financeira da companhia, levando-a ao aumento de seu passivo.

Procurada pela Agência Brasil, a Latam respondeu que a rescisão do contrato com a Voepass se deu principalmente devido ao acidente de 2024 e à suspensão das operações da Voepass pela Anac, que a impede de realizar voos comerciais. A Latam afirmou que a Voepass não possui mais o Certificado de Operador Aéreo (COA), essencial para operar voos de passageiros.

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