Entenda por que a FAA está revisando mais de 2.600 Boeing 737

Entenda por que a FAA está revisando mais de 2.600 Boeing 737

Um episódio inesperado durante um voo nos Estados Unidos pode desencadear uma revisão em mais de 2.600 aeronaves da Boeing. A FAA (Administração Federal de Aviação) relatou que um Boeing 737 precisou fazer um pouso de emergência após um passageiro ficar preso no banheiro da aeronave. Apesar de parecer cômico, o caso revelou uma falha séria nas travas das portas que pode representar risco à segurança dos passageiros.

O que causou o pouso de emergência?

A falha que motivou o incidente foi identificada como uma trava quebrada no banheiro. O passageiro tentou pedir ajuda aos comissários de bordo, mas nem eles conseguiram abrir a porta. Segundo a FAA, a decisão de interromper o voo foi a mais segura, pois havia risco de o passageiro se ferir em caso de turbulência ou passar mal durante o confinamento.

Quais aviões estão em risco?

O alerta emitido pela FAA envolve os modelos Boeing 737-700, 737-800, 737-900, 737-900ER, 737 Max 8 e 737 Max 9. Segundo o site da fabricante, há atualmente 3.461 aeronaves desses modelos em operação nos EUA. Estima-se que cerca de dois terços delas – ou 2.612 aviões – tenham travas com risco de defeito.

Avião Boeing – Créditos: depositphotos.com / soosjozsef

Quanto vai custar a manutenção?

A estimativa é de que o custo total da revisão alcance US$ 3,4 milhões (R$ 19,9 milhões). Esse valor cobre desde o custo das peças até a mão de obra envolvida no processo. Cada trava defeituosa tem custo médio de US$ 481 (cerca de R$ 2.800). O reparo é considerado essencial para evitar novos episódios semelhantes, que além de desconfortáveis, podem comprometer a segurança do voo.

Qual é a recomendação da FAA?

Por enquanto, a FAA emitiu apenas uma recomendação para que as companhias aéreas avaliem as travas dos banheiros em suas frotas. Elas têm até o final de maio para responder ao órgão regulador. Caso a recomendação evolua para uma exigência, será necessário realizar uma revisão emergencial em milhares de aviões comerciais. A situação surgiu a partir de um caso único, mas acendeu um alerta em todo o setor aéreo americano.

Consequências para a Boeing e as companhias

A Boeing, uma das maiores fabricantes do setor aeroespacial, pode enfrentar pressão regulatória e custos extras se mais falhas forem identificadas. Para as companhias aéreas, o impacto pode se refletir em voos cancelados, atrasos e despesas inesperadas, além de possíveis danos à reputação. Este episódio inusitado serve como lembrete de como detalhes aparentemente pequenos podem comprometer a operação de gigantes da aviação.

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