Necessidade de financiamento do Brasil cai 1,5 p.p. em 2024

A necessidade líquida de financiamento do governo federal, Estados e municípios fechou 2024 a 6,2% do PIB (Produto Interno Bruto). Representa uma queda de 1,5 ponto percentual ante o final do ano anterior, de 7,7% do PIB.

O Tesouro Nacional divulgou o dado nesta 3ª feira (22.abr.2025). Eis a íntegra do boletim (PDF – 777 kB).

Leia a trajetória do indicador (clique aqui para abrir em outra aba):

Segundo o documento, o resultado foi influenciado por:

  • receitas – 39,5% do PIB (alta anual de 1,9 p.p.);
  • despesas – 45,7% do PIB (alta anual de 0,4 p.p.).

A necessidade líquida de financiamento mede aquilo que o setor público precisaria para cobrir todas as suas despesas. Ou seja, o Brasil teve um rombo (gastou mais do que arrecadou) em 2024.

O resultado mais ameno ante o observado em 2023 foi influenciado pelo aumento da arrecadação. Apesar disso, os gastos públicos também cresceram, só que em um nível menor que a receita.

A metodologia desse levantamento é diferente do resultado primário –utilizado para cumprimento da meta fiscal e que considera a diferença das receitas e despesas sem encargos e juros de dívidas.

GOVERNO, ESTADOS E MUNICÍPIOS

A necessidade de financiamento por cada categoria foi a seguinte em 2024:

  • governo central – 5,7% do PIB;
  • governos estaduais – 0,5% do PIB;
  • governos municipais – 0,01% do PIB.

Naturalmente, o maior peso é da gestão federal. O resultado melhorou para essa esfera ante o rombo de 6,9% do PIB registrado em 2023.

Isso se explica mais pelo aumento das receitas do que pela diminuição das despesas –estratégia usada com frequência pela equipe econômica de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas questionada por economistas.

Adicionar aos favoritos o Link permanente.