Por que temos arrepios? A ciência explica esta curiosa reação do corpo humano!

Por que temos arrepios? A ciência explica esta curiosa reação do corpo humano!

Os arrepios são uma reação corporal que muitos já experimentaram em diversas situações, como ao sentir frio ou ouvir uma música emocionante. Esta resposta fisiológica, conhecida cientificamente como piloereção, ocorre quando os pequenos músculos na base dos folículos pilosos se contraem, fazendo com que os pelos se levantem. Embora possa parecer uma reação simples, os arrepios têm raízes profundas na evolução humana.

Originalmente, os arrepios serviam a um propósito prático para nossos ancestrais. Quando os pelos se levantavam, criavam uma camada de ar que ajudava a isolar o corpo do frio. Além disso, em situações de ameaça, essa reação fazia com que os ancestrais parecessem maiores e mais intimidadores para predadores. Embora hoje em dia essa função protetora não seja mais necessária, o mecanismo ainda persiste em nosso corpo.

Como o sistema nervoso está envolvido nos arrepios?

O sistema nervoso autônomo, responsável por controlar funções involuntárias do corpo, desempenha um papel crucial na ocorrência dos arrepios. Quando uma pessoa é exposta a estímulos como frio ou emoções intensas, o hipotálamo, uma região do cérebro, envia sinais através do sistema nervoso simpático. Esses sinais atingem os músculos eretores dos pelos, causando a contração e, consequentemente, os arrepios.

Essa resposta é rápida e automática, demonstrando como o corpo humano está preparado para reagir a mudanças ambientais e emocionais. Além disso, os arrepios podem ser desencadeados por uma variedade de fatores, incluindo sons, lembranças e até mesmo a antecipação de um evento emocionante.

Quais são as situações mais comuns que causam arrepios?

Arrepio – Créditos: depositphotos.com / Prostock

Os arrepios podem ser provocados por diferentes situações, que variam de pessoa para pessoa. Algumas das causas mais comuns incluem:

  • Frio: A exposição a baixas temperaturas é uma das causas mais frequentes de arrepios, pois o corpo tenta conservar calor.
  • Emoções intensas: Sentimentos como medo, excitação ou nostalgia podem desencadear essa reação.
  • Música: Certas músicas ou passagens musicais têm o poder de evocar fortes reações emocionais, resultando em arrepios.
  • Toque: Um toque inesperado ou suave pode provocar arrepios devido à sensibilidade da pele.

Os arrepios têm algum benefício para a saúde?

Embora os arrepios não desempenhem mais o papel crucial que tinham para nossos ancestrais, eles ainda podem ter alguns benefícios indiretos. A piloereção pode ajudar a aumentar a vigilância e a prontidão em situações de estresse, preparando o corpo para reagir rapidamente a ameaças potenciais. Além disso, a experiência de arrepios em resposta a música ou arte pode ser um indicador de uma forte conexão emocional, o que pode contribuir para o bem-estar psicológico.

Os arrepios também são um lembrete de como o corpo humano é complexo e interconectado, com reações físicas que refletem estados emocionais e ambientais. Essa resposta fisiológica, embora aparentemente simples, é um testemunho da evolução e adaptação humanas ao longo do tempo.

Uma Herança Evolutiva: As Funções Originais

Mas por que nosso corpo desenvolveu essa reação? A resposta está na nossa história evolutiva. Para os nossos ancestrais mamíferos, que possuíam uma cobertura de pelos muito mais densa, a piloereção tinha duas funções principais:

  1. Isolamento Térmico: Quando expostos ao frio, eriçar os pelos criava uma camada de ar aprisionado junto à pele. Essa camada funcionava como um isolante, ajudando a reter o calor corporal e a manter o animal aquecido.
  2. Intimidação: Em situações de perigo, ao encontrar um predador ou um rival, eriçar os pelos fazia o animal parecer maior e mais ameaçador. Isso poderia ser suficiente para intimidar o oponente e evitar um confronto direto.

O Fenômeno do “Frisson”: Arrepios de Prazer

Existe até um termo específico para os arrepios considerados prazerosos, frequentemente associados à audição de música ou à contemplação da arte: “frisson” (uma palavra francesa que significa “calafrio” ou “tremor”).

Acredita-se que o frisson ocorra quando nossos centros de recompensa no cérebro são ativados, talvez por uma combinação de antecipação (quando a música ou a narrativa cria uma expectativa) e a subsequente “quebra” ou satisfação dessa expectativa de uma forma emocionalmente poderosa.

É uma prova fascinante de como estímulos puramente auditivos, visuais ou cognitivos podem gerar reações fisiológicas tão palpáveis e, neste caso, agradáveis.

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