Procurador cita “Evidências” ao pedir devolução de R$ 646 mil

O procurador Bradson Tibério Luna Camelo, do MPC-PB (Ministério Público de Contas do Estado da Paraíba), recomendou na 5º feira (17.abr.2025) que Alanna Galdino devolva R$ 646,9 mil recebidos entre 2015 e 2022 como servidora comissionada da Seplag  (Secretaria de Planejamento da Paraíba). Segundo auditoria do TCE-PB (Tribunal de Contas do Estado da Paraíba), ela teria atuado como “funcionária fantasma”.

Em seu parecer, Camelo citou a música Evidências, de Chitãozinho e Xororó: “Não podemos negar as aparências e disfarçar as evidências, não podemos viver fingindo!”, escreveu o procurador ao defender a suspensão da nomeação de Alanna como conselheira do TCE-PB.

Ela foi indicada ao cargo pela Assembleia Legislativa da Paraíba (ALPB) e teve o nome aprovado em 18 de março. A nomeação foi suspensa por decisão judicial no dia 3 de abril, mas a suspensão foi revogada no dia seguinte.

A auditoria do TCE-PB apontou que Alanna não possuía cadastro nos sistemas da Seplag nem comprovação de atividades desempenhadas. Também concluiu que ela não atende ao requisito constitucional de 10 anos de experiência em áreas como Direito ou administração pública.

O parecer do MPC — que atua junto ao TCE — recomenda ainda a notificação do governador João Azevêdo e de secretários estaduais para apurar responsabilidades. O advogado de Alanna, Solon Benevides, afirma que há documentos que comprovam a atuação dela no cargo e nega qualquer irregularidade.

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