O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Partido Republicano), busca remover a degradação do habitat da definição legal de “dano” às espécies em risco de extinção. A mudança abriria caminho para atividades humanas em ambientes ecologicamente sensíveis.
Em nota divulgada pela Noaa (Administração Nacional Atmosférica e Oceânica, na sigla em inglês) na 4ª feira (16.abr.2025), a agência afirmou que definição atual, que inclui a modificação de habitat como uma forma de “captura”, contraria a melhor interpretação do termo estabelecida na Lei de Espécies Ameaçadas de 1973. O NMFS (Serviço Nacional de Pesca Marinha) também apoiou a proposta.
O presidente norte-americano havia prometido em sua campanha eleitoral reverter regulamentações ambientais que, em sua avaliação, prejudicam o desenvolvimento econômico.
Ambientalistas criticam
Grupos de proteção ao meio ambiente e aos animais, entre eles a organização internacional Earthjustice, fizeram criticaram a proposta de Trump.
Os ativistas alegam que a ideia provocaria a expansão das atividades madeireira, de mineração, petrolífera, entre outras, caso a ideia avance. Segundo os grupos de proteção, ecossistemas de espécies animais em perigo poderiam ser destruídos com o aumento dessas atividades.
A Earthjustice reforçou a importância de que a lei seja mantida. A organização afirma que a legislação “salvou da extinção várias espécies, incluindo espécies emblemáticas dos Estados Unidos como a águia-de-cabeça-branca” por 50 anos.