Mulher vai a júri popular por tentativa de feminicídio contra a própria avó em João Pessoa

Uma mulher está sendo julgada por júri popular nesta quarta-feira (16), por tentativa de feminicídio contra a própria avó, em João Pessoa.
Conforme observou o ClickPB, o julgamento acontece no 1º Tribunal do Júri da Comarca de João Pessoa, sob a presidência do juiz titular da unidade judiciária, Antônio Gonçalves Ribeiro Júnior.
Segundo os autos, no dia 17 de fevereiro do ano passado, por volta das 15h, em um apartamento no bairro Jardim Oceania, a ré Jamylle da Silva Gerônimo Leite atentou contra a vida de Irani Gerônimo Leite, sua avó, com golpes de arma branca e uso da força física. A mulher não conseguiu concluir o crime por motivos contra à sua vontade.
De acordo com a denúncia apresentada pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB), aceita pelo Tribunal do Júri, “houve recurso que impossibilitou a defesa da vítima, em razão da surpresa do ataque. Por fim, caracterizada está a qualificadora do feminicídio, ante a presença de violência doméstica e familiar”.
Ainda de acordo com informações do processo, no dia do fato, a vítima estava em casa, quando a ré apareceu pedindo comida. Após oferecer o alimento, a vítima passou a sofrer ameaças, enquanto Jamylle dizia que aquele apartamento era dela, e não da idosa.
No momento em que a vítima pediu que Jamylle saísse do local e fosse para a casa de sua mãe, ela iniciou a prática delitiva, derrubando a vítima e desferindo diversos golpes com faca de serra na altura do peito contra ela. Jamylle expressou, com voz forte e alterada, a frase “Agora eu vou acabar de te matar, velha desgraçada! Vou acabar de te matar, sua rapariga!”.
O crime foi impedido por vizinhos, que ajudaram a socorrer a vítima, que foi levada ao hospital. Em seguida, Jamylle fugiu do apartamento. No seu interrogatório, a ré, inicialmente, confirmou ser usuária de maconha e cocaína, afirmando que misturava drogas com medicações.
Em relação à acusação, negou ter tentado matar sua avó, afirmando que sua intenção era apenas permanecer na casa dela. Relatou que sofria agressões do pai, que a enviou para morar com a avó. Quanto ao ocorrido, disse que a vítima não permitiu que ela ficasse ou dormisse no local, sem entender o motivo.
Em seguida, afirmou ter ‘surtado’ e não se lembra do que aconteceu. “Não sei nem como machuquei ela” – declarou.
*Com TJPB
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