Minha Casa, Minha Vida é ampliado com nova faixa de renda para classe média

O governo federal aprovou na última terça-feira (15) a criação da Faixa 4 do programa Minha Casa, Minha Vida, voltada para a classe média.

A medida foi aprovada pelo Conselho Curador do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) e amplia o acesso ao financiamento habitacional para famílias com renda de até R$ 12 mil mensais.

Confira o que muda nas faixas do Minha Casa, Minha Vida e entenda como a nova linha vai permitir imóveis maiores e prazos mais longos de financiamento.

Como vai funcionar a Faixa 4?

A Faixa 4 do Minha Casa, Minha Vida será voltada para famílias com renda mensal de até R$ 12 mil.

Ela permitirá o financiamento de imóveis com valor de até R$ 500 mil, com juros de 10% ao ano, inferiores aos praticados atualmente pelo mercado, que giram em torno de 11,5% ou mais.

O prazo máximo de pagamento será de 420 meses (35 anos), o mesmo limite das demais faixas do programa habitacional.

A nova faixa não contará com subsídios diretos do governo, como ocorre nas faixas anteriores, mas oferecerá condições mais vantajosas por meio do uso de recursos do FGTS.

A expectativa do governo é que o modelo esteja disponível a partir de maio de 2025, com um potencial de atendimento inicial de até 120 mil famílias em todo o país.

A ampliação foi possível graças à liberação de R$ 15 bilhões do Fundo Social do Pré-Sal, o que permitiu a realocação de valores do FGTS para a nova linha.

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Mudanças nas faixas de renda existentes

Além da criação da Faixa 4, o Conselho Curador do FGTS também aprovou o reajuste nos limites das faixas de renda já existentes do Minha Casa, Minha Vida.

As atualizações foram feitas para adequar os valores à inflação e ampliar o número de famílias que podem ser atendidas pelo programa.

Com as mudanças, a Faixa 1 passa a contemplar famílias com renda mensal de até R$ 2.850,00, ante os R$ 2.640,00 anteriores.

Confira: Calculadora de Renda Per Capita

A Faixa 2 teve o limite elevado de R$ 4.400,00 para R$ 4.700,00, e a Faixa 3 agora atende famílias com renda de até R$ 8.600,00, antes limitada a R$ 8.000,00.

Segundo o Ministério das Cidades, essas alterações devem beneficiar cerca de 100 mil novas famílias em todo o país.

Novos tetos de imóvel em cidades menores

Outra novidade é a atualização dos valores máximos para aquisição de imóveis em municípios com até 100 mil habitantes.

A medida busca estimular o acesso à moradia em cidades do interior, onde os limites anteriores estavam defasados.

  • Novo teto de imóveis agora está entre R$ 210 mil e R$ 230 mil
  • Reajuste entre 11% e 16%, conforme a localidade

Famílias com renda de até R$ 4,7 mil, que antes só podiam financiar imóveis até R$ 264 mil, agora poderão acessar imóveis com teto da Faixa 3, de até R$ 350 mil.

Entenda: O que é portabilidade de financiamento imobiliário?

Nesses casos, o financiamento seguirá as regras da Faixa 3: juros entre 7,66% e 8,16% ao ano, mas sem subsídios diretos.

Com a criação da Faixa 4 e o reajuste nas faixas anteriores, o Minha Casa, Minha Vida passa por uma das maiores reformulações desde sua origem.

A expectativa é que mais famílias brasileiras consigam realizar o sonho da casa própria, com condições mais justas e alinhadas à realidade econômica atual.

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