Belém e a COP30: obras e ações garantem legado para além do evento mundial

Belém do Pará vive um momento histórico de transformação. Há poucos meses do início da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), a capital paraense experimenta o maior volume de investimentos públicos entre as mais de 5.600 cidades brasileiras.São obras que não apenas preparam a cidade para o grande evento climático em novembro de 2025, mas que também prometem deixar um legado permanente para a população.Leia tambémObras do Porto Futuro 2 já estão com 80% de conclusãoObras de saneamento básico avançam em Belém”Obras que estão transformando a paisagem da nossa capital”, afirma o governador Helder Barbalho, que destaca a importância desses avanços não apenas para o evento, mas para a população local.Entre o que será entregue para a população, vale destacar o Parque da Cidade, que será entregue já em agosto, além de locais como Porto Futuro, os novos parques lineares da Doca e da Tamandaré e serviços de macrodrenagem em toda a cidade.Quer receber mais notícias sobre o Pará e o mundo? Acesse o canal do DOL no WhatsApp!”O sucesso destas obras não é o sucesso de um governo, é o sucesso de um estado com a certeza de que nós poderemos dizer ao mundo que Belém é a capital da Amazônia”, celebra ele.Parque da Cidade: novo coração verde de BelémEm uma área de 500 mil m² onde antes funcionava um aeroporto desativado, o Parque da Cidade será o principal local da COP 30. Com 75% das obras já concluídas, o projeto será finalizado em agosto deste ano e representa um marco na requalificação urbana da capital paraense.O espaço integrará infraestrutura moderna e soluções sustentáveis, com locais de destaque como o Museu da Aviação, um Centro de Economia Criativa, o Boulevard Gastronômico, além de ciclo trilhas e áreas verdes preservadas.

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O compromisso com a sustentabilidade está presente em toda a concepção do projeto, com o plantio de aproximadamente 2.500 árvores nativas, sistemas de tratamento de água com jardins filtrantes e soluções de drenagem natural.Mesmo após o término da COP 30, o Parque da Cidade seguirá como um parque público permanente, consolidando-se como um espaço de convivência, educação ambiental e integração entre cidade e floresta.Belém de frente para o rio: revitalização portuária e mobilidade fluvialCom 76% das obras concluídas, o Porto Futuro II representa um importante passo na renovação da zona portuária de Belém. O projeto amplia a relação da cidade com seus rios por criar espaços voltados ao turismo, à cultura e ao lazer, com áreas de convivência, calçadão arborizado e iluminação cênica.

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A mobilidade fluvial também é prioridade nos preparativos para a COP 30. Três novos terminais hidroviários seguem em construção: o Terminal Hidroviário Turístico da Tamandaré, que facilitará o acesso à famosa Ilha do Combu; o Terminal Hidroviário Turístico de Icoaraci, destinado ao atendimento de passageiros do distrito e alternativa de ancoragem para navios-hotéis; e o Terminal Hidroviário Internacional no bairro do Reduto, que servirá como ponto de recepção para os navios-hotel durante o evento e, posteriormente, como estrutura permanente para o turismo.Saneamento e infraestrutura urbanaOs investimentos em infraestrutura não se limitam às obras visíveis. Projetos de macrodrenagem são implementados em 16 canais das bacias do Tucunduba, Murucutu, Una e Tamandaré.O programa prevê a instalação de 55 km de redes de esgotamento sanitário e mais de 10 mil ramais domiciliares, o que beneficia diretamente comunidades que vivem nas margens desses cursos d’água.

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“Mais de 16 canais na periferia estão recebendo macro-drenagem, tirando a população da lama do inverno. É o maior programa de macro-drenagem que Belém já assistiu”, enfatiza o governador Helder Barbalho, que também destaca a pavimentação de mais de 600 ruas na periferia da cidade.Capacitação profissional: o legado humanoPara além das obras físicas, o governo paraense investe no preparo da população para aproveitar as oportunidades geradas pelo evento. O programa “Capacita COP 30″, lançado no primeiro semestre de 2024, oferece 67 cursos gratuitos nas áreas de turismo, produção alimentícia, infraestrutura e segurança do trabalho, nas modalidades EAD e presencial.”O Pará passa por um processo de preparação para a COP 30, e este processo também envolve as pessoas. Nossa preocupação sempre foi envolver a população do nosso estado neste grande evento e deixar um legado para o povo paraense”, destaca a vice-governadora Hana Ghassan.Até o momento, cerca de 14 mil pessoas já participaram de cursos de qualificação promovidos pelo programa, com 4.500 estudantes já certificados pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior (Sectet), além daqueles formados por entidades parceiras como Coca-Cola, Instituto Federal do Pará e Sesi.Biodiversidade e cultura: valorizando as riquezas amazônicasA preparação para a COP 30, pela própria natureza do evento, também contempla iniciativas que destacam o potencial científico e cultural da região. O Museu das Amazônias será um espaço voltado à valorização da diversidade biocultural amazônica, por integrar ciência, história, arte e saberes tradicionais.Já o Parque de Inovação em Bioeconomia da Amazônia funcionará como um polo de pesquisa, desenvolvimento tecnológico e incubação de negócios sustentáveis. O espaço conectará comunidades, universidades e empresas em iniciativas voltadas à valorização dos ativos da floresta e ao fortalecimento da nova economia verde.Preparação para o futuroMais do que preparar a cidade para um evento internacional, as intervenções urbanas em curso representam uma oportunidade histórica de transformação para Belém e para todo o estado do Pará.

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“Pelo programa ‘Capacita COP 30’ asseguramos a construção de um legado imaterial, que eleva a mão de obra do estado a um novo patamar, permitindo o desenvolvimento de novas atividades econômicas ligadas ao setor de serviço que irão proporcionar alternativas de emprego e renda para a população mesmo após a COP 30”, finaliza a vice-governadora Hana Ghassan.A poucos meses do evento que colocará o Pará no centro das discussões climáticas mundiais, a mensagem é clara: os benefícios da COP 30 devem perdurar muito além de 2025 e constroem uma Amazônia mais sustentável, desenvolvida e integrada ao restante do Brasil e do mundo.

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