Monitor do PIB da FGV fica estável em fevereiro ante janeiro e sobe 2,7% ante fevereiro de 2024

O Produto Interno Bruto (PIB) ficou estável em fevereiro ante janeiro e cresceu 2,7% em relação a fevereiro do ano passado, segundo o Monitor do PIB, apurado pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). A taxa acumulada em 12 meses até fevereiro foi de 3,1%.

Em relatório, a economista Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, disse que a estabilidade da economia entre janeiro e fevereiro reflete a combinação de crescimento na indústria e nos investimentos e de retrações no consumo, na agropecuária e nas exportações, bem como a estagnação do setor de serviços.

“Apesar de alguns destaques positivos, há perda de força na economia, com retrações em

componentes importantes do PIB”, disse ela, acrescentando, porém, que a economia brasileira ainda não está encolhendo mesmo sob um “contexto desafiador, com maior incerteza externa e tendência de aumento da taxa de juros interna”.

O Monitor do PIB antecipa a tendência do principal índice da economia a partir das mesmas fontes de dados e metodologia empregadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), responsável pelo cálculo oficial das Contas Nacionais.

No trimestre encerrado em fevereiro, o monitor do PIB aponta crescimento de 2,6% em relação a um ano antes.

Nesta mesma comparação, o ritmo de alta do consumo das famílias desacelerou para 2,7%, de 3,1% no trimestre terminado em janeiro, seguindo a tendência iniciada no final de 2024. A expansão da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) também desacelerou (8,7% para 8,2%), continuando o movimento observado desde o terceiro trimestre do ano passado.

A exportação encolheu 2,8% no trimestre terminado em fevereiro, após retração de 2,7% no trimestre até janeiro, refletindo o desempenho negativo das exportações dos produtos agropecuários e da extrativa mineral.

As importações cresceram 15,2% trimestre até fevereiro, taxa maior que a de 12,2% observada no trimestre até janeiro.

A FGV aponta que houve “reversão da trajetória declinante” que vinha sendo observada por causa das compras de bens de capital, com destaque para as plataformas de exploração de petróleo.

A taxa de investimento em fevereiro ficou estável em 19,4% no trimestre até fevereiro.

Em termos monetários, a FGV estima que o PIB no primeiro bimestre de 2025, em valores correntes, tenha sido de R$ 2,203 trilhões.

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