Promotora do Ministério Público cita “justiça de transição” e defende importância de mudança de nomes de logradouros públicos em João Pessoa que homenageiam ditadores

A promotora do Ministério Público da Paraíba, Fabiana Lobo, falou nesta sexta-feira (11) sobre o pedido de mudança de nome de logradouros públicos em João Pessoa que homenageiam ditadores. Para a promotora, há uma série de medidas de reparação histórica.

“Pós autoritarismo, pós golpe, então se usa essa justiça de transição e há uma série de mecanismos, não só responsabilização criminal, responsabilização cível com indenizações, mas outras medidas administrativas de reparação histórica e reparação simbólica”, explicou em entrevista ao programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM.

Como trouxe o ClickPB, a promotoria de Justiça da capital oficiou no fim de janeiro deste ano a Câmara de Vereadores e o Município de João Pessoa para que, no prazo de 15 dias úteis, informassem as medidas adotadas para alterar os nomes de logradouros públicos.

Filho de deputado paraibano torturado na ditadura diz que ação é irrelevante

O filho do ex-deputado estadual Jório Machado, que foi torturado durante o regime militar, se posicionou contra a iniciativa do MP. Conforme apurou o ClickPB, a informação foi divulgada no programa Arapuan Verdade, da rádio Arapuan FM.

Cristiano Machado classificou a ação como desnecessária e irrelevante.

“Acho isso desnecessário, acho isso irrelevante essa posição do Ministério Público, com todo o respeito ao Ministério Público e a defensoria pública, mas acho que a homenagem foi prestada, a homenagem seguiu os ritos legais, Câmara Municipal aprovou, o projeto foi aprovado por vereadores, foi apresentado na Câmara, foi sancionado pelo governador, pelo prefeito”, falou o jornalista.

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