Família só foi avisada de suposta agressão a bebê em creche 15 dias depois: ‘jogou no chão’, diz avó


Polícia Civil investiga caso ocorrido no dia 24 de março na Emei Nona Catharina, em Araras (SP). Prefeitura afastou três servidoras e diz que toma as medidas cabíveis. Polícia Civil investiga suspeita de agressão em creche de Araras
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A copeira Cristiane Santos Queiróz afirmou que só foi avisada de uma suposta agressão contra sua neta, uma bebê de 1 ano e 3 meses, 15 dias depois da denúncia.
“A [conselheira] moça falou que a [monitora] pegou ela pelos cabelinhos e jogou no chão”, disse.
O caso aconteceu na Escola de Educação Infanil (Emei) Nona Catharina, no bairro Jardim José Ometo. A Polícia Civil investiga o caso e a prefeitura afastou 3 servidoras, sendo duas monitoras e uma professora.
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A suposta agressora seria uma monitora que não teve a identidade divulgada. A prefeitura disse que está adotando todas as medidas legais e administrativas cabíveis para apurar o que aconteceu. A administração municipal não explicou o motivo do afastamento das outras duas funcionárias.
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Denúncia sobre agressão
Escola de Educação Infanil (Emei) Nona Catharina, no bairro Jardim José Ometo, em Araras
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A avó contou que a família ficou sabendo da agressão na segunda (7). “Na sexta-feira (4), a minha nora veio para buscar o nenê e aí a escola falou que ela precisava ir no Conselho Tutelar, na segunda-feira (7), às 9h. E chegando lá, aí a moça falou pra ela que a bebê tinha sofrido uma violência na escola”, disse.
“Eu acho que no momento que aconteceu, deveria ter acionado a polícia, ter vindo aqui, ter levado a criança, fazer um corpo delito. Eu acho que teria que ser assim, mas aconteceu dia 24 de março e isso foi falado para a gente ontem [dia 7 de abril] “, desabafou.
Avó relata agressão que a neta de 1 ano teria sofrido em creche de Araras
Reprodução/EPTV
Uma coordenadora pedagógica da escola teria presenciado, pela janela da sala de aula, “a profissional segurando a criança de forma agressiva”, segundo a Secretaria de Segurança Pública. O conselho recebeu a denúncia e notificou a Secretaria de Educação.
“A conselheira chamou a mãe para entender se ela já havia sido comunicada do fato ocorrido dentro da escola. Então, foi orientado que a mãe fizesse um boletim de ocorrência e, em seguida, nós fizemos um ofício pedindo esclarecimentos para a Secretaria da Educação”, afirmou a conselheira tutelar Cecília Correa.
Após a repercussão do caso, mães de crianças estão preocupadas com a situação e pedem a instalação de câmeras na unidade. A Secretaria de Educação foi questionada pela EPTV, afiliada da TV Globo, sobre a possibilidade de instalação de câmeras, mas não teve retorno.
O Conselho Tutelar continua acompanhando o caso. O prazo dado para a Secretaria de Educação responder as medidas adotadas é de 10 dias.
O que diz a prefeitura
A Secretaria de Educação disse que “não compactua com qualquer forma de violência e se confirmadas condutas incompatíveis com o serviço público, serão aplicadas as sanções previstas na legislação vigente”.
A pasta não explicou o motivo do aviso para a família apenas 15 dias depois do ocorrido.
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