Paraíba firma 7,2 mil contratos no novo Consignado privado e soma R$ 38 mi

A Paraíba já movimentou R$ 38 milhões em empréstimos com a nova linha de Consignado disponível pela Carteira de Trabalho Digital, com mais de 7 mil contratos firmados em menos de duas semanas.

A iniciativa, que faz parte do programa Crédito do Trabalhador, vem ganhando força em todo o país e promete mudar a busca facilitar o acesso ao crédito para trabalhadores.

Confira a seguir como funciona o Crédito do Trabalhador e as comparações de contratações em todo o Brasil.

O que é o Crédito do Trabalhador?

O Crédito do Trabalhador ou novo Consignado privado, é uma modalidade criada pelo governo federal com o objetivo de oferecer juros menores e maior segurança ao trabalhador formal.

Essa linha é exclusiva para trabalhadores com carteira assinada e funciona de forma totalmente digital, por meio da Carteira de Trabalho Digital, disponível como aplicativo para celulares.

A grande novidade é a possibilidade de comparar propostas de diferentes bancos e escolher a mais vantajosa, e tudo isso sem sair de casa.

Como funciona o novo Consignado?

A nova linha de crédito permite que os trabalhadores contratem empréstimos com descontos diretos em folha de pagamento, mas com condições mais flexíveis.

Anteriormente, só podiam obter esse empréstimo os trabalhadores cujo empregador tivesse convênio com uma instituição financeira, o que limitava bastante seu acesso.

Após a reformulação dessa modalidade, foram implementadas novas características:

Disponível para todos os trabalhadores CLT, desde que tenham vínculo ativo, margem consignável disponível e tenham recebido salário no mês de referência
Contratação 100% online, iniciada pela CTPS Digital e finalizada ao clicar no link para concluir na plataforma virtual do banco
Margem consignável de até 35% sobre a renda líquida e limite de um empréstimo por vínculo empregatício, evitando o endividamento
Parcelamento de até 96 meses, conforme condições oferecidas pela instituição financeira
Possibilidade de usar até 10% do saldo do FGTS ou 100% da multa rescisória como garantia
Juros mais baixos, com liberdade para comparar ofertas entre instituições e escolher a mais vantajosa

Além disso, a partir do dia 6 de junho, será possível migrar um empréstimo antigo com juros altos para essa nova modalidade, o que pode representar uma economia significativa para o trabalhador.

Balanço nacional: R$ 3,3 bilhões em crédito liberado

Com mais de 7 mil contratos ativos, a Paraíba desponta como um dos estados com maior adesão ao novo modelo no Nordeste.

Mais de 7.200 trabalhadores contrataram a linha, que já se consolida como uma opção segura frente às tradicionais ofertas do mercado.

O desempenho do estado mostra o interesse crescente da população em alternativas de crédito mais justas, e reflete o impacto positivo da digitalização dos serviços públicos.

Saiba mais: Consignado privado vale a pena? Vantagens e desvantagens

Em todo o Brasil, mais de 532 mil contratos foram firmados desde o lançamento da iniciativa, movimentando R$ 3,3 bilhões.

A média nacional por empréstimo é de R$ 6.209,65, com parcelas de R$ 350,46, também pagas em até 18 meses.

Confira os números por região:

Sudeste → 234.863 contratos
Nordeste → 111.081 contratos
Sul → 88.174 contratos
Centro-Oeste → 49.303 contratos
Norte → 49.170 contratos

Embora São Paulo e Rio de Janeiro liderem em volume, o Distrito Federal surpreende com o maior valor médio por empréstimo: R$ 9.809,75.

Logo em seguida aparece o Mato Grosso, com média de R$ 7.477,51. Já a média nacional está em R$ 6.209,65. Entre os dias 21 de março e 3 de abril, 7.249 contratos foram assinados no estado, totalizando R$ 38.021.745,00 em liberações.

O valor médio dos empréstimos ficou em R$ 5.248,92, com parcelas de cerca de R$ 299,63, pagas em até 18 meses. Esse número reflete tanto a capacidade de crédito dos trabalhadores quanto o nível de renda médio por estado.

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Quem pode solicitar o Crédito do Trabalhador?

O Crédito do Trabalhador ou novo Consignado privado está disponível para:

Trabalhadores com carteira assinada
Trabalhadores domésticos
Rurais contratados por empresas
Funcionários de MEIs com vínculo formal

Além disso, esses trabalhadores devem estar com o vínculo CLT ativo, ter margem consignável e ter recebido salário no mês de referência.

Vale lembrar que para contratar o novo modelo, o trabalhador não pode ter outro Consignado atrelado ao mesmo vínculo empregatício.

Como contratar o Crédito do Trabalhador?

Para acessar a linha de crédito, o trabalhador precisa:

Baixar a Carteira de Trabalho Digital no celular (Android ou iOS)
Acessar a aba de crédito e solicitar uma simulação
Aguardar 24 horas para receber propostas de diferentes instituições financeiras
Escolher a oferta mais vantajosa e clicar no link disponibilizado pelo banco para concluir.

Tudo é feito de forma digital, rápida e segura, com acompanhamento em tempo real, sem depender do RH da empresa empregadora.

Confira como funciona a simulação do Consignado privado na CTPS:

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Cancelamento e Portabilidade: mais direitos ao trabalhador

Outro ponto forte do programa é a possibilidade de cancelamento em até 7 dias, caso o titular se arrependa da contratação.

Além disso, o trabalhador poderá, a partir de 6 de junho, transferir seu contrato para outra instituição com taxa menor (Portabilidade), garantindo economia e liberdade de escolha.

Essa medida deve ampliar ainda mais a competitividade entre bancos, resultando em ofertas com condições mais acessíveis.

De acordo com o ministro Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, o Crédito do Trabalhador estabelece uma nova cultura de acesso ao crédito no Brasil.

Para ele, essa iniciativa reduz o endividamento e permite que o trabalhador planeje melhor suas finanças.

“O Crédito do Trabalhador traz uma nova cultura de crédito e a cada dia tem se consolidado com sucesso, com novos bancos entrando, oferecendo taxas mais baixas e reduzindo dívidas dos trabalhadores”, afirma Marinho.

A expectativa é que a digitalização continue expandindo o alcance do programa, principalmente entre públicos que historicamente têm acesso limitado a crédito.

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