Após alta de até 216% em remédios, saiba como economizar nas farmácias

Com o reajuste nos preços dos medicamentos autorizado no fim de março, consumidores já começaram a sentir no bolso os efeitos da medida.

Levantamentos sugerem que os valores de alguns remédios chegaram a subir cerca de 216,58% logo após o reajuste, bem acima do teto oficial de 5,06% estipulado pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

Entenda como o reajuste dos medicamentos impacta no bolso e entenda quais estratégias ajudam a encontrar os menores preços nas farmácias.

Remédios com os maiores aumentos após o reajuste

Entre os medicamentos com os maiores reajustes estão:

  • Letrozol: de R$ 31,90 para R$ 100,99 (+ 216,58%)
  • Gestodeno + Etinilestradiol: de R$ 39 para R$ 67,92 (+ 74,15%)
  • Dexametasona + Ciprofloxacino: de R$ 15,79 para R$ 26,39 (+ 67,13%)
  • Esomeprazol Magnésico: de R$ 30,14 para R$ 48,40 (+ 60,58%)

A alta foi sentida de forma desigual nas farmácias, já que o reajuste é aplicado sobre o Preço Máximo ao Consumidor (PMC), e muitos estabelecimentos estavam praticando valores abaixo desse teto.

Com a atualização, várias farmácias passaram a ajustar seus preços para se aproximar do novo limite, resultando em variações bem superiores ao índice oficial.

Confira: Quais são os medicamentos gratuitos pelo Bolsa Família?

Esses aumentos, embora dentro do limite do PMC em vigor, pressionam o orçamento de milhões de brasileiros, especialmente os que dependem de medicamentos contínuos.

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Por que os preços subiram tanto?

O economista Eduardo Amendola explica que as farmácias, ao se aproximarem do preço máximo permitido, podem aplicar reajustes mais altos se os produtos antes estavam com valores muito abaixo do PMC.

Outro fator é a redução de descontos promocionais, que afetam diretamente o preço final.

Além disso, o impacto da alta pode variar conforme a localização. Em regiões com poucas farmácias, a atualização tende a ser mais imediata.

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Já em locais com grande concorrência e estoques antigos, os reajustes podem levar semanas para aparecer.

Dicas para economizar na compra de remédios

Diante dos aumentos, especialistas listam estratégias que ajudam o consumidor a pagar menos pelos medicamentos, sem abrir mão da qualidade do tratamento.

Confira quais são eles:

  • Prefira genéricos ou biossimilares: são alternativas mais baratas e com a mesma eficácia do medicamento de referência, essa economia pode chegar a até 80%
  • Use o programa Farmácia Popular: o programa oferece 39 medicamentos gratuitos, além de fraldas geriátricas e absorventes
  • Compare preços online: geralmente mostram onde encontrar o menor preço em farmácias físicas e online, facilitando a economia sem sair de casa
  • Aproveite programas de fidelidade: redes de farmácias costumam oferecer descontos exclusivos para quem participa dos seus clubes de vantagens
  • Negocie diretamente no balcão: conversar com o gerente da farmácia pode render descontos adicionais, especialmente em compras de maior volume ou uso contínuo
  • Cuidado com a exigência do CPF: segundo o Instituto de Defesa de Consumidores (Idec), algumas farmácias só oferecem descontos mediante fornecimento de CPF, prática considerada abusiva, o consumidor não é obrigado a fornecer seus dados pessoais
  • Busque farmácias conveniadas com planos de saúde: alguns convênios oferecem condições especiais de desconto em medicamentos, e farmácias parceiras aplicam benefícios automaticamente
  • Compre por canais digitais: em muitos casos, aplicativos e sites das próprias redes oferecem condições melhores que nas lojas físicas
  • Clubes de vantagens externos: alguns programas oferecem descontos em produtos e farmácias, ideais para beneficiários do INSS

A disparada nos preços dos medicamentos acendeu o alerta entre os consumidores, especialmente os que precisam de tratamentos contínuos.

Embora o reajuste oficial seja limitado, o repasse na ponta muitas vezes ultrapassa o esperado.

Neste cenário, comparar preços, aderir a programas de desconto e explorar canais alternativos de compra se torna essencial para manter o acesso aos medicamentos sem pesar no bolso.

Além disso, vale a pena acompanhar as políticas de cada farmácia e buscar apoio em programas públicos como o Farmácia Popular.

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