Michelle pede ajuda de Fux: “Não jogue seu nome na lama”

Michelle Bolsonaro (PL) pediu neste domingo (6.abr.2025) para que Luiz Fux não jogue o próprio nome na lama. A ex-primeira dama fez o apelo ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) em discurso no ato pela anistia dos condenados pelos crimes de 8 de janeiro de 2023.

Fux é da 1ª Turma da Corte, responsável por julgar as acusações de tentativa de golpe de Estado no Brasil após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. O ministro já paralisou o julgamento de Débora Rodrigues dos Santos, ao pedir vistas. Ele sinalizou que discorda da pena de 14 anos que consta do voto do relator Alexandre de Moraes sobre o caso da cabeleireira, que pichou “perdeu, mané” na estátua “A Justiça”, em frente ao Supremo, no dia da invasão dos prédios dos Três Poderes.

Em sua fala, Michelle citou o caso de Adalgiza Maria Dourado, condenada a 16 anos de prisão por participar dos atos do 8 de janeiro, e de Cleriston da Cunha, o Clezão, que morreu após passar mal na prisão, onde estava também por causa da invasão e quebra-quebra em Brasília.

Luiz Fux, eu sei que o senhor é um juiz de carreira e o senhor não vai jogar o seu nome na lama. Temos aqui a Adalgiza de 64 anos que está doente. Não deixe Adalgiza morrer, Luiz Fux. Não faça com essa mulher o que fizeram com o Clezão e hoje nós temos uma mãe e duas filhas chorando a morte de um pai e de um esposo”, disse Michelle.

O PL Mulher, ala feminina do Partido Liberal, lançou uma campanha com congressistas e com a ex-primeira-dama vestidas com uma camiseta branca com a escrita “anistia já” com batom –acessório que Débora usou para escrever “perdeu, mané” na estátua “A Justiça”.

ATO DE BOLSONARO EM SÃO PAULO

A manifestação deste domingo (6.abr.2025) é a 5ª que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) participa e convoca desde que deixou a Presidência da República. A última foi realizada em 16 de março de 2025, em Copacabana no Rio. 

Relembre abaixo os atos de Bolsonaro desde 2023:

  • 16.mar.2025 – reuniu 26.000 em Copacabana, no Rio;
  • 7.set.2024 – reuniu 58.000 na av. Paulista, em SP;
  • 25.fev.2024 – reuniu de 300 mil a 350 mil na av. Paulista, em SP:
  • 21.abr.2024 – reuniu de 40.000 a 45.000 em Copacabana, no Rio.

O ato, no entanto, é o 1º do ex-presidente depois de virar réu com outros 7 aliados no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe de Estado –entenda o que acontece agora.

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