Valor do dólar hoje: moeda dispara com retaliação da China às tarifas de Trump nesta sexta (4)

O dólar avança ante o real na manhã desta sexta-feira (4) acompanhando a valorização externa frente outras divisas emergentes ligadas a commodities em meio ao tombo de mais de 7% do petróleo e o movimento de fuga de ativos de risco após a China impor tarifas de 34% sobre as importações dos Estados Unidos, em retaliação ao tarifaço de Trump, com início em 10 de abril.

Valor do dólar amanhece em alta após tarifaço de Trump e anúncio de retaliações

Valor do dólar abriu em alta nesta sexta-feira (4), após anúncio da retaliação chinesa às tarifas de Trump – Foto: Deny Campos/Arte/ND

O mercado adiantou a previsão para o início dos cortes de juros pelo Federal Reserve (Fed) neste ano, após a retaliação chinesa às tarifas americanas e passou a precificar redução uma acumulada de 125 pontos-base (pb) ou mais como probabilidade majoritária até dezembro, segundo ferramenta de monitoramento do CME Group.

Os juros futuros recuam na esteira dos retorno dos Treasuries, por temores de recessão na economia americana e mundial e possível antecipação de corte de juros nos EUA como consequências da escalada da guerra comercial deflagrada pelo presidente americano Donald Trump.

Qual o valor do dólar hoje?

Às 11h, o dólar à vista tinha alta de 2,69% ante o real, a R$ 5,779.

Veja as projeções do mercado diante das novas tarifas de Trump

As tarifas recíprocas adotadas pela Casa Branca podem reduzir o PIB global entre 0,5% e 0,7% este ano e causar um “choque estagflacionário” nos EUA, elevando a inflação em 1,5 ponto porcentual e fazendo o PIB cair de 1% a 1,5% em 2025, calcula o Bank of America. O banco também prevê chances de 50% de uma recessão nos EUA nos próximos 12 meses.

Valor do dólar nesta sexta-feira é de R$ 5,779

Valor do dólar à vista chega a R$ 5,779 nesta sexta-feira (4) – Foto: Valter Campanato/Agência Brasil/ND

Na agenda interna, o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) registrou deflação de 0,50% em março, após uma alta de 1,00% em fevereiro, de acordo com a FGV. O resultado ficou próximo da estimativa mediana de queda de 0,52% na pesquisa Projeções Broadcast.

No radar dos investidores estão ainda o principal relatório de empregos dos EUA, o payroll (9h30), e o primeiro discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, após o anúncio de tarifas recíprocas por Donald Trump e a retaliação da China (12h25). Analistas preveem a criação de 140 mil vagas em março, uma desaceleração em relação aos 151 mil postos de fevereiro.

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