Em dia de tarifaço, Haddad diz que o cenário é de desafios e apreensão

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que esta 4ª feira (2.abr.2025) é “particular” e deixa todo mundo “apreensivo”. O comentário foi feito no “Dia da Libertação”, data em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (republicano), anuncia tarifas comerciais contra países.

“Não é fácil, no momento que nós estamos vivendo. É um desafio global muito interessante. Todo mundo muito apreensivo. O dia de hoje é um dia muito particular que o mundo está vivendo. Outros virão com essa mesma intensidade”, afirmou. Haddad foi ao evento de comemoração dos 60 anos do Banco Central. A cerimônia teve a participação de ex-presidentes da autoridade monetária, como Gustavo Franco, Gustavo Loyola, Pedro Malan, Wadico Bucchi, Alexandre Tombini, Armínio Fraga, Henrique Meirelles, Ilan Goldfajn e Roberto Campos Neto.

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Haddad declarou que o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, vai contar com um governo federal que “vai respeitar a autonomia e dar informações e sugestões para engrandecer o trabalho”.

“Eu tenho certeza de que nós vamos continuar produzindo os melhores resultados”, disse a Galípolo.

Haddad afirmou ainda que tem ficado cada vez mais institucionalista ao longo da vida pública. Defendeu a importância de desenhar, fortalecer e aperfeiçoar a vida de uma instituição. Segundo o ministro, o Banco Central está vivendo um “novo momento” e passou por uma “transição complexa e inédita”.

Haddad afirmou também que o país dificilmente vai vencer a “má política”, que é aquela que a tensão entre polos impende uma agenda de Estado. O ministro defendeu que haja disputas de eleições em que os opostos colocam seus melhores argumentos e alternância do poder.

O ministro defendeu que a má política coloca a perder o projeto nacional. Segundo ele, autoridades da vida pública devem ter responsabilidade em adotar medidas sem saber o resultado da próxima eleição.

“Essa é a boa democracia. Democracia de um partido único não é uma democracia”, disse.