Procuradora-geral dos EUA pede pena de morte para Luigi Mangione

A procuradora-geral dos Estados Unidos, Pamela Bondi, determinou que promotores federais peçam a pena de morte para Luigi Mangione, acusado de assassinar Brian Thompson, CEO do grupo UnitedHealth. A decisão foi anunciada em 1º de abril de 2025.

“O assassinato de Brian Thompson — um homem inocente e pai de duas crianças pequenas — foi premeditado e chocou a América”, afirmou Bondi em comunicado oficial. A procuradora acrescentou que a decisão segue a agenda do presidente Trump para “impedir crimes violentos e tornar a América segura novamente”.

Mangione, 26, foi preso em dezembro de 2024 na Pensilvânia após 5 dias de buscas. Ele se declara inocente das acusações de assassinato e terrorismo e permanece detido em penitenciária federal no Brooklyn, Nova York.

Durante audiência judicial em fevereiro, a advogada Karen Agnifilo alegou que Mangione foi revistado ilegalmente no dia da prisão e solicitou a anulação das evidências coletadas. Várias pessoas se reuniram do lado de fora do tribunal para demonstrar apoio ao acusado.

Natural do Maryland, Mangione estudou em colégio de elite em Baltimore e formou-se em ciência da computação com foco em inteligência artificial pela Penn State University. Conforme informações da polícia, seu último endereço registrado era em Honolulu, Havaí.

O suspeito vem de família rica que controla empreendimentos imobiliários, country clubs, hotéis e uma fundação. Em suas redes sociais, mostrava apreço pelo manifesto de Ted Kaczynski, o “Unabomber”, e criticava o uso de smartphones por crianças.

As autoridades afirmam ter encontrado com o suspeito:

  • Documento de identidade falso utilizado para check-in em hostel de Nova York antes do crime;
  • Pistola com características semelhantes à usada no assassinato, possivelmente produzida em impressora 3D;
  • Manifesto manuscrito de três páginas expressando revolta contra empresas de seguro de saúde.

A polícia também destacou a semelhança física entre Mangione e o atirador registrado por câmeras de segurança no dia do crime.

Relembre o caso

Brian Thompson foi morto a tiros em 4 de dezembro perto de um hotel no centro de Manhattan, nos Estados Unidos. Mangione foi acusado de ser o atirador depois de ter sido reconhecido em Altoona, na Pensilvânia, a cerca de 450 km do local do crime.

Pessoas próximas a Mangione afirmam que ele sofria de dores crônicas nas costas que atrapalhavam a sua vida cotidiana. A UnitedHealth Group, porém, negou que ele fosse seu cliente. A empresa afirmou que não encontrou registros de Mangione ou de seus pais em seu banco de dados. Segundo um ex-colega do suspeito, ele se ausentou do trabalho por 2 meses, de junho a julho de 2023, para tratar o problema.

Nas redes sociais, o suspeito publicou uma imagem de um raio-x com parafusos e placas em suas costas. Quando foi preso, a Polícia de Altoona encontrou um manifesto e concluíram que Mangione acreditava que a morte de Thompson era justiçável devido à “corrupção” da indústria de saúde dos Estados Unidos, segundo o New York Times.

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