Bronquiolite acomete mais crianças e teve aumento de 108% em Piracicaba; saiba como evitar


Síndrome respiratória começa com sintomas gripais e pode levar à internação. Outono e inverno registram mais casos e principal método de prevenção é a vacina. Cresce número de casos de bronquiolite em Campinas e região
A região de Piracicaba registrou aumento de 108,65% nos casos de bronquiolite, síndrome respiratória viral que acomete as vias áreas e é mais comum em crianças e bebês de até dois anos.
Foram 1.279 atendimentos em 2024 contra 613 em 2023. Os dados são do Departamento Regional de Saúde (DRS) de Piracicaba por meio da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo (SES).
O que é bronquiolite
A doença é causada por um vírus e dificulta a chegada do oxigênio aos pulmões. Ela começa como um resfriado comum e apresenta coriza, espirros, febre leve e tosse como principais sintomas iniciais.
Mas eles podem evoluir para uma respiração rápida e superficial, chiado no peito e aumento do esforço respiratório ao ponto de causar internação do paciente.
Como evitar a bronquiolite
O principal método de prevenção é a vacina. O imunizante contra o VSR (vírus sincicial respiratório) está disponível na rede privada e o Sistema Único de Saúde (SUS) já anunciou que também vai oferecer o imunizante.
Além disso, a médica pediatra Tatiane Franco orientou em entrevista à EPTV, afiliada da TV Globo, que os responsáveis podem tomar medidas de prevenção, como:
Evitar beijar os bebês;
Lavar as mãos para entrar em contato com as crianças;
Evitar contato do bebê com pessoas gripadas.
Quanto menor a criança, maior tem que ser a nossa atenção. Os menores de 2 anos são aqueles que mais vão internar. Os menores de 6 meses podem fadigar com maior facilidade, pode ter muita falta de ar, precisar de suplementação de oxigênio e até internação, informa Tatiane Franco.
Alice faz inalação
Reprodução/EPTV
Crianças são mais afetadas
Os casos de bronquiolite são mais comuns durante o outono e inverno por conta da sazonalidade do vírus sincicial, afirmou a pediatra. Além disso, é nessa época do ano que começam as aulas e mais pessoas ficam aglomeradas em locais fechados.
Com apenas cinco meses de vida, Alice Santos, de Cosmópolis (SP), foi diagnosticada com bronquiolite.
“Ela ficou bem ruim, precisou fazer a fisioterapia pulmonar assim que recebeu o diagnóstico […] eu comecei a chorar, meu chão se abriu, porque era o que a gente mais ouvia. Nessa época do ano, de março a junho, aqui na nossa região, está em alta”, afirma Bruna Santos, mãe de Alice.
“A gente fala que ele pode fadigar com maior facilidade. Ele pode ter muita falta de ar, precisar de suplementação de oxigênio e às vezes até precisar de internação. Então é aquela faixa etária que a gente tem que prestar mais atenção”, explica a pediatra.
Vírus
O VSR (vírus sincicial respiratório) está associado a até 80% dos casos de bronquiolite e até 40% dos registros de pneumonia em crianças menores de 2 anos, segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
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