Chanceler diz que Ucrânia vê Brasil como chave para paz

O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sibiha, destacou em entrevista à Folha de S. Paulo a influência do Brasil nas negociações de paz entre Ucrânia e Rússia. O chanceler mencionou a possibilidade de o Brasil ajudar a convencer Moscou a aceitar garantias de segurança para um cessar-fogo efetivo.

Sibiha recoheceu a importância da diplomacia e mencionou a possibilidade de envolvimento de forças de paz chinesas e brasileiras para monitorar o cessar-fogo. No entanto, enfatizou a necessidade de garantias de segurança reais, incluindo a presença de forças militares estrangeiras.

A Ucrânia busca o apoio de países europeus para monitorar o cumprimento dos termos de uma possível trégua, enquanto a Rússia se opõe à presença de tropas europeias em seu território. A entrevista revela uma mudança de tom em relação às declarações anteriores do presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, que havia expressado ceticismo sobre o papel do Brasil nas negociações.

O chanceler ainda reiterou que nenhum compromisso que afete a integridade territorial e soberania da Ucrânia será aceito. Falou sobre a importância de aumentar o custo para a Rússia de uma futura agressão contra a Ucrânia e a necessidade de um mecanismo efetivo para monitorar o cessar-fogo.

Além disso, o ministro apontou para a importância da defesa aérea e da indústria de drones, áreas nas quais a Ucrânia busca se tornar mais autossuficiente com o apoio de seus parceiros. Sugeriu que a cooperação com o Brasil na tecnologia de drones poderia ser benéfica para ambos os países, não apenas para fins militares, mas também na agricultura.

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