No Norte do Brasil, 3 municípios estão em emergência por causa da cheia dos rios no Amazonas


A Prefeitura de Boca do Acre e a Marinha estão distribuindo água potável para quem vive nas áreas afetadas. Balsas ajudam nos atendimentos médicos. A cheia desse ano vai ser uma cheia, pelo que a gente prevê uma cheia ordinária, ou seja, uma cheia dentro de uma faixa de normalidade. Entretanto, para os municípios que recebem a afluência do Rio Madeira, por exemplo, Itacoatiara, Parintins, a probabilidade de uma cheia mais severa aumenta.
Reprodução/TV Globo
Na Região Norte do Brasil, três municípios estão em emergência por causa da cheia dos rios no Amazonas.
Canoas já circulam pelas ruas alagadas de uma comunidade em Boca do Acre, no sul do estado. A água do Rio Purus invadiu casas. A prefeitura e a Marinha estão distribuindo água potável para quem vive nas áreas afetadas. Balsas ajudam nos atendimentos médicos.
Em Tabatinga, o Rio Solimões também subiu bastante. Os moradores construíram pontes com a madeira fornecida pelo município.
“O acesso, se fossem duas tábuas assim, o vai e vem era melhor. Porque só é uma tábua, aí para passar uma pessoa, a gente tem de afastar para pessoa passar, e vem uma senhora com uma criança, a gente tem de dar um jeito de sair da ponte para que ela… Dar o acesso para aquelas pessoas”, diz o morador Edmilson Caldas.
O cenário do Rio Madeira em Humaitá em 2024: o leito do rio virou um imenso banco de areia. Bem diferente desta sexta-feira (28), quase no pico da cheia. O Madeira já alcançou alguns pontos da cidade e inundou estradas na zona rural, prejudicando as crianças em aula.
“A maioria das vezes, eles faltam por conta da chuva e a vicinal é bem difícil o acesso devido a muitos buracos, muita lama e alaga também”, conta Léia Garcia Nogueira, mãe de aluno.
“Eu não gosto de faltar aula não, fico preocupada. Por causa das minhas faltas, eu perco prova, atividades”, lamenta a estudante Valentina Garcia.
O ciclo das águas na Bacia Amazônica segue um ritmo gradativo, levando meses para encher e outros meses para baixar. Depois de dois anos seguidos de seca extrema, os pesquisadores do Serviço Geológico do Brasil acreditam que os rios se recuperaram com as chuvas e estão prevendo uma cheia moderada para 2025.
“A cheia desse ano vai ser uma cheia, pelo que a gente prevê uma cheia ordinária, ou seja, uma cheia dentro de uma faixa de normalidade. Entretanto, para os municípios que recebem a afluência do Rio Madeira, por exemplo, Itacoatiara, Parintins, a probabilidade de uma cheia mais severa aumenta”, afirma André Martinelli, gerente de Hidrologia do Serviço Geológico do Brasil.
A Secretaria de Infraestrutura de Humaitá afirmou que está recuperando as estradas para que todas as crianças tenham acesso à escola.
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