Os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023 ficaram marcados na história do Brasil como atentado à democracia e à soberania do país. Na ocasião, a praça dos Três Poderes, em Brasília foi tomada por manifestantes que não aceitavam o resultado das eleições presidenciais de 2022. Órgãos foram depredados e importantes obras de acervo nacional foram quebradas, o que causou grande comoção nacional e internacional, com diversas pessoas condenadas e presas pelos crimes cometidos.Nesta sexta-feira (28), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, enviou ao Supremo Tribunal Federal (STF) parecer favorável à concessão de prisão domiciliar para a cabeleireira Débora Rodrigues dos Santos. Ela é acusada de participar dos atos golpistas e de pichar a frase “Perdeu, mané”, na estátua da Justiça. Quer mais notícias sobre Brasil? Acesse nosso canal no WhatsAppO parecer foi motivado por um pedido de liberdade feito nesta semana pela defesa da acusada, presa desde março de 2023. O caso ainda será decidido pelo ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos oriundos do 8 de janeiro. Ainda conforme defendeu o procurador, a prisão preventiva de Débora pode ser substituída pela prisão domiciliar, já que a mesma tem dois filhos menores de idade (um menino de 10 e outro de 12 anos). Segundo a legislação penal, ela tem direito ao benefício.“O encerramento da instrução processual e a suspensão do julgamento do feito, com imprevisão quanto à prolação de acórdão definitivo, aliados à situação excepcional, recomendam a substituição da prisão preventiva por prisão domiciliar, ao menos até a conclusão do julgamento do feito, em observância aos princípios da proteção à maternidade e à infância e do melhor interesse do menor”, afirmou Gonet.O julgamento que vai decidir se Débora será condenada começou na semana passada, mas foi interrompido por um pedido de vista do ministro Luiz Fux.Antes da suspensão do julgamento, o relator do caso, Alexandre de Moraes, votou para condenar Débora a 14 anos de prisão em regime fechado.Em depoimento prestado no ano passado ao STF, Débora Rodrigues disse que se arrepende de ter participado dos atos e de ter pichado a estátua.
Mulher que pichou estátua pode cumprir prisão domiciliar
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