Liderança feminina com inclusão e propósito | MONEY REPORT

Em uma edição especial do programa Money Report, transmitido ao vivo pela BMC News, três grandes nomes da liderança feminina no Brasil se reuniram para debater temas que vão muito além do protagonismo feminino. Cristina Palmaka, presidente da SAP para América Latina e Caribe, Renata Gomide, vice-presidente de marketing do Grupo Boticário, e Laura Oliveira, fundadora do Grupo Levo, compartilharam suas experiências e reflexões sobre gestão, empreendedorismo, diversidade e os caminhos para um mercado corporativo mais inclusivo e equilibrado.

O papel da liderança feminina

O programa, apresentado no mês dedicado às mulheres, reforçou a evolução do papel feminino no ambiente empresarial. As executivas relembraram momentos em que ser mulher em cargos de liderança era uma exceção, e celebraram os avanços conquistados nas últimas décadas — ainda que, segundo elas, o desafio esteja longe de ser superado.

Os desafios da liderança

Entre os temas abordados, Renata Gomide destacou como sua contratação no Grupo Boticário, mesmo grávida, foi um marco de valorização da mulher e do olhar humanizado dentro das corporações. Ela também ressaltou a importância do incentivo à coragem feminina no ambiente de trabalho: “A gente já está preparada. O que falta, muitas vezes, é apenas coragem para dar o próximo passo”.

Liderança no setor de tecnologia

Cristina Palmaka relembrou os desafios de ser uma das poucas mulheres no setor de tecnologia há 40 anos, quando temas como inclusão e saúde mental ainda eram tabu. Ela enfatizou que empresas precisam manter uma cultura alinhada à prática, indo além de discursos. “Não adianta estar na missão na parede se isso não se reflete no dia a dia da organização”, disse.

Já Laura Oliveira compartilhou sua jornada como empreendedora e CEO do Grupo Levo, operadora de franquias do McDonald’s. Ela destacou o compromisso com ações afirmativas concretas, como contratação de pessoas trans há mais de 18 anos, adoção de políticas de equidade e projetos sociais estruturados, como o “Jeans do Bem”. Laura afirmou: “Diversidade não é apenas sobre gênero ou raça. É sobre escuta ativa, convivência, respeito e resultados”.

O programa ainda abordou a necessidade de engajar os homens nas discussões de inclusão. As executivas defenderam que influenciar liderança masculina é essencial para garantir avanços estruturais, e que a verdadeira transformação depende de ambientes corporativos que promovam a equidade com maturidade e propósito.

Ao final, o programa homenageou Carlota Pereira de Queiróz, a primeira deputada federal do Brasil e responsável pela aprovação da lei que, em 1962, permitiu às mulheres trabalhar sem autorização dos maridos. Uma lembrança simbólica de como a luta pela igualdade é recente — e ainda continua.

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