Consignado para CLT movimenta R$ 1,28 bi em apenas 7 dias

O novo modelo do empréstimo consignado voltado para trabalhadores com carteira assinada, chamado de Crédito do Trabalhador, movimentou impressionantes R$ 1,28 bilhão em apenas sete dias desde seu lançamento.

Entre os dias 21 e 27 de março, foram firmados 193.744 contratos, com valor médio de R$ 6.623,48 por pessoa e uma parcela mensal média de R$ 347,23, segundo dados da Dataprev, repassados ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Confira como o novo modelo de crédito para CLT ganhou adesão rápida e entenda o impacto dos R$ 1,28 bilhão liberados em sete dias.

Por que o Crédito do Trabalhador está chamando tanta atenção?

A adesão em massa ao Crédito do Trabalhador se explica pela busca dos trabalhadores por crédito mais barato, principalmente diante do cenário de endividamento. 

Muitos brasileiros enfrentam dificuldades para pagar dívidas com cartões de crédito, cheque especial e financiamentos tradicionais, cujas taxas de juros são elevadas.

Com o novo modelo, o desconto das parcelas é feito diretamente na folha de pagamento, o que reduz notavelmente o risco de inadimplência para os bancos e, com isso, as taxas oferecidas ao trabalhador são menores. 

Além disso, o processo é totalmente digital, realizado pelo aplicativo Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital), o que traz praticidade e elimina a necessidade de convênios entre empresas e instituições financeiras.

Entenda: Como funciona o Consignado privado?

Segundo o ministro em exercício do Trabalho, Francisco Macena, o volume contratado em tão pouco tempo revela a urgência de muitas famílias em reorganizar suas finanças. 

“É preciso avaliar com calma, sem ansiedade. Nem sempre a primeira proposta será a mais vantajosa”, aconselhou o ministro, ao sugerir que os trabalhadores aguardem o aumento da concorrência entre bancos habilitados para garantir melhores condições.

Como funciona a contratação do crédito?

O processo começa com o acesso ao aplicativo CTPS Digital, onde o trabalhador formal autoriza, conforme a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).

A partir da autorização, os bancos têm acesso a informações como nome, CPF, margem consignável disponível e tempo de empresa.

Depois, o trabalhador solicita o valor e as condições desejadas e, com base nesses dados, as instituições financeiras avaliam o risco e enviam propostas de empréstimo personalizadas em até 24 horas.

O trabalhador, então, pode comparar as condições oferecidas, escolher a proposta e finalizar a contratação diretamente pelo link disponibilizado da plataforma da instituição escolhida.

Saiba mais: A empresa é obrigada a aceitar o Consignado privado do CLT?

O valor contratado é depositado na conta do trabalhador, e as parcelas são descontadas mês a mês na folha de pagamento, observando o limite legal de 35% do salário líquido.

A partir de 25 de abril, além da contratação pelo aplicativo, será possível negociar diretamente com as instituições financeiras, além da liberação para migrar contratos antigos para o novo modelo, o que deve aumentar ainda mais o volume de concessões.

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Quem pode contratar o Crédito do Trabalhador?

A linha está disponível para mais de 47 milhões de brasileiros CLT, além de trabalhadores domésticos formalizados, rurais registrados e funcionários de MEIs formais.

É necessário que o trabalhador esteja com vínculo empregatício, receba salário mensal e tenha margem de salário disponível. 

Vale ressaltar que só é permitido ter até 1 contrato do novo Consignado privado por vínculo ativo.

Outro ponto importante é a possibilidade do trabalhador poder utilizar as verbas rescisórias como garantia, em caso de demissão sem justa causa.

As limitações propostas de uso desses valores foram de até 10% do saldo do FGTS e 100% da multa rescisória.

Essa regra ainda precisa de regulamentação, mas já representa uma segurança maior para quem contratar.

Além disso, a partir do dia 6 de junho, a portabilidade de contrato entre bancos será liberada, oferecendo mais flexibilidade para os trabalhadores.

Uma mudança com potencial de impacto nacional

Segundo o governo, a expectativa é que, em até quatro anos, mais de 25 milhões de pessoas passem a utilizar essa nova modalidade de crédito.

Com a digitalização da Carteira de Trabalho, que já alcança 68 milhões de brasileiros, o alcance da medida é amplo.

O Crédito do Trabalhador representa uma solução mais justa e transparente de acesso ao crédito e fortalece o poder de escolha do trabalhador, que agora pode comparar condições de forma independente e segura.

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