BRB paga R$ 2 bilhões pelo controle acionário do Banco Master

O conselho de administração do Banco de Brasília (BRB) autorizou a diretoria do banco estatal do Distrito Federal a comprar 58% das ações do Banco Master, em negócio avaliado em R$ 2 bilhões. A operação terá de ser submetida à aprovação do Banco Central e do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Com a aquisição, o BRB passa a ter 15 milhões de clientes, R$ 112 bilhões em ativos, R$ 72 bilhões em carteira de crédito e mais de R$ 100 bilhões em captações. Trata-se de uma das mais significativas transações entre instituições financeiras no País nos últimos anos.

O BRB informou que vai pagar 75% do valor patrimonial ajustado do Banco Master. Isso equivaleria hoje a aproximadamente R$ 2 bilhões, já que o banco está avaliado em R$ 4,2 bilhões, segundo o mais recente balanço da instituição.

De acordo com o portal Brazil Journal, a transação saiu a 0,75x book, aproximadamente o mesmo múltiplo a que o BRB negocia na B3 (a bolsa de valores brasileira). Dado que o patrimônio líquido (PL) do Master é de R$ 4,7 bilhões, o valuation da transação foi da ordem de R$ 3,5 bilhões. O BRB vale R$ 3,6 bilhões na B3.

O novo conglomerado terá um PL de R$ 10 bilhões e R$ 140 bilhões em ativos, passando a ser classificado como um banco S2 — e com a perspectiva de ser elevado a S1, o degrau mais alto na classificação de importância sistêmica, o equivalente ao nível do Itaú e Bradesco.

“A autorização para a aquisição marca um momento muito especial do BRB, em que o banco se posiciona no mercado financeiro de maneira completa, moderna e inovadora, com capacidade de atender a todas as necessidades de seus clientes. A aquisição, quando autorizada, torna o BRB um dos dez maiores bancos brasileiros em carteira de crédito”, disse o presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, ao portal Metrópoles.

De acordo com Daniel Vorcaro, fundador do Banco Master, a operação marca o início de um novo ciclo para a instituição e para o mercado financeiro brasileiro. “O novo conglomerado vai trazer novas soluções e produtos para o mercado brasileiro, o que será positivo para clientes e investidores”, disse Vorcaro ao Metrópoles.

Segundo Paulo Henrique Costa, do BRB, o objetivo é ampliar o tamanho do BRB e sua atuação no mercado em segmentos nos quais o Master opera e, assim, trazer complementaridade de negócios ao BRB.

O executivo acredita que esse movimento vai fortalecer a governança do BRB e trazer-lhe acesso a recursos especializados de tecnologia, inovação e de atuação nos setores de mercados de capitais, câmbio, middle e corporate e de cartão de crédito consignado.

Costa afirmou que a operação será paga em dinheiro, quando concluídas todas as diligências que envolvem a transação e a operação for aprovada pelos órgãos competentes. A forma de pagamento consiste em 50% à vista e, no mínimo, 25% será retido em uma conta separada por até seis anos para cobrir contingências identificadas na diligência.

Após as aprovações legais, os dois bancos atuarão sob a marca BRB. Depois da confirmação da compra, o Banco Master passa a ser parte integrante do conglomerado do BRB.

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