SP, Brasília e RJ centralizam principais redes de gestão do país

Dos 5.570 municípios brasileiros, só 2.176 se qualificavam em 2024 como Centros de Gestão do Território. O número representa 39,1% dos municípios do país e é ligeiramente inferior aos 39,6% (2.204) identificados em 2014. Os dados são do estudo “Redes e Fluxos do Território: Gestão do Território 2024″, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Eis a íntegra da pesquisa (7 MB).

Os Centros de Gestão do Território são aqueles municípios que têm papel de comando na rede urbana brasileira do ponto de vista empresarial e da gestão pública.

As principais redes de gestão do país estão centralizadas nas cidades de São Paulo, Brasília e Rio de Janeiro. A 1ª com forte peso no mercado e a 2ª abarcando as sedes das instituições públicas. 

Em 2021, São Paulo tinha atuação dirigente sobre 1.855.722 funcionários externos ligados à gestão empresarial. O Rio de Janeiro tinha 486.696 e Brasília, 315.047.

Em 2012, as empresas multilocalizadas (aquelas que estão presentes, simultaneamente, em diversos pontos do território, com suas unidades instaladas em diferentes municípios) eram 1,86% e passaram para 2,18% em 2021. Apesar de poucas, em 2021 estavam presentes em 99,9% dos municípios, “demonstrando expressiva capilaridade”, diz o IBGE.

Em 2021, das 5 principais atividades das empresas multilocalizadas, 3 eram do setor de saúde. O setor de transporte foi o principal destaque nesse ano, seguido do comércio varejista de vestuário. (clique aqui para abrir em outra aba)

A pesquisa analisou a existência de relações entre os municípios a partir de 2 parâmetros, o Estado e o mercado, reconhecidos como as duas instituições com o maior poder estruturador do espaço. A questão do Estado é vista por meio da gestão pública, do ponto de vista da estrutura formada pelas instituições estatais. A gestão empresarial é analisada sob a ótica da existência de ligações entre sedes e filiais de companhias em diferentes cidades. A intensidade dos fluxos entre as cidades é medida pela quantidade de pares de ligações, que se interconectam para formar as redes de gestão, sejam empresariais ou públicas.

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