Dividendos somam mais de R$ 500 bi em cinco anos, aponta estudo

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Um levantamento realizado pela plataforma Comdinheiro revela que as empresas listadas distribuíram mais de R$ 510 bilhões em dividendos entre os anos de 2020 e 2024. O dado reforça o papel do mercado acionário como fonte de geração de renda para investidores e acionistas, mesmo diante de um ambiente econômico marcado por volatilidade e incertezas.

A análise contempla os valores efetivamente pagos por cerca de 100 companhias abertas ao longo dos últimos cinco anos, com destaque para os setores financeiro, de energia e commodities, que puxaram a fila dos maiores dividendos distribuídos no período.

O auge da distribuição de dividendos

O ano de 2022 aparece como o recordista no período, com R$ 229,9 bilhões em dividendos pagos — o maior montante da série. O desempenho foi impulsionado, principalmente, por empresas exportadoras e ligadas à cadeia de petróleo, minério de ferro e energia elétrica, beneficiadas pelo ciclo de alta das commodities e lucros extraordinários naquele ano.

Veja o detalhamento da distribuição anual de dividendos, segundo o levantamento do Comdinheiro:

Levantamento da Comdinheiro

Cenário pós-pandemia e alta nos juros impactam dividendos

A recuperação econômica após a pandemia foi acompanhada de um aumento expressivo na lucratividade de diversas empresas, refletido diretamente nos dividendos distribuídos. O salto de R$ 15,4 bilhões em 2020 para quase R$ 40 bilhões em 2021, e mais de R$ 200 bilhões em 2022, evidencia o efeito desse novo ciclo de resultados.

Além disso, a elevação dos juros no Brasil também contribuiu para o fortalecimento da estratégia de distribuição de proventos, uma vez que os investidores passaram a exigir retornos mais atrativos das empresas para permanecerem na renda variável.

Indicador relevante para investidores

O volume de dividendos pagos é um dos principais atrativos para quem busca empresas com perfil de geração de caixa sólida e histórico consistente de retorno aos acionistas. Em meio a um cenário ainda incerto para a economia brasileira e global, os proventos se mantêm como uma alternativa interessante para complementar a renda do investidor.

A metodologia do estudo

De acordo com Filipe Ferreira, diretor de negócios da Comdinheiro, o levantamento considerou apenas os dividendos efetivamente pagos pelas empresas, conforme registrado na Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC), e não os valores apenas anunciados. Além disso, foram analisadas cerca de 100 companhias que compõem o índice IBrX, o que impede a duplicidade de dados — como, por exemplo, contabilizar separadamente os dividendos pagos por ações preferenciais (PETR4) e ordinárias (PETR3) da mesma empresa. “Essa abordagem garante maior precisão ao refletir o real impacto financeiro da distribuição de dividendos no caixa das companhias“, explica Ferreira.

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