Presidente do Peru anuncia eleições para 12 de abril de 2026

A presidente do Peru, Dina Boluarte (sem partido), convocou nesta 3ª feira (25.mar.2025) eleições gerais para 12 de abril de 2026. Em uma publicação no X (ex-Twitter), Boluarte disse que o país deseja uma “campanha eleitoral baseada em propostas que garantam o crescimento, a justiça social e o desenvolvimento”.

O governo peruano anunciou o pleito depois de diversas crises políticas e institucionais desde 2022, quando o presidente eleito, Pedro Castillo (Perú Libre, esquerda), foi destituído do cargo e sua vice, Boluarte, assumiu.

O modelo atual da eleição peruana, em vigor com a constituição de 1993, assemelha-se ao do Brasil e outros países da América do Sul, com votação para presidente e vice, além dos congressistas. O presidente é eleito para um mandato de 5 anos sem a possibilidade de reeleição imediata. Pode voltar a concorrer posteriormente.

Para concorrer, um candidato deve estar filiado a um partido, o que impediria Boluarte de disputar o cargo caso a eleição fosse hoje. O vice-presidente é eleito na mesma chapa do presidente. No caso dos congressistas, 130 cadeiras estarão em disputa.

CRISE NO PERU

O governo de Dina Boluarte já tentou antecipar as eleições em 2023 para reduzir as tensões entre o Executivo e o Legislativo, relacionado à falta de uma coalizão governista e os casos de corrupção de mandatários passados.

Pedro Castillo foi eleito em 2021, porém seu partido não conseguiu formar uma aliança no Congresso para aprovar medidas governistas. A legenda teve dificuldades com os legisladores de direita, o que levou a instabilidade política e 3 tentativas de impeachment do presidente em pouco mais de 1 ano de governo.

Castillo foi destituído do cargo depois de anunciar a dissolução do Congresso e decretar estado de emergência no país para reformular o poder Judiciário e eleger uma nova constituição.

A sucessora, Boluarte, também teve críticas quanto a gestão e a “ilegitimidade” de seu governo. Desde dezembro de 2022, muitos protestos pediram a renúncia da presidente e a convocação de novas eleições.

Atualmente, a presidente peruana governa com baixa popularidade e realiza sucessivos acordos com o congresso, majoritariamente de direita, para aprovar projetos básicos do governo, como o orçamento.

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