Napster é adquirido por US$ 207 milhões e ganha novo foco em realidade virtual

Resumo
  • A Infinite Reality comprou o Napster por US$ 207 milhões para focar em realidade virtual e interação entre fãs e artistas.
  • A nova estratégia inclui ambientes virtuais 3D e integração com outras aquisições, como a Drone Racing League.
  • O Napster, criado em 1999, passou por diversos donos e modelos de negócio devido a batalhas judiciais e mudanças na indústria musical.

O Napster morreu e renasceu algumas vezes. Nesta terça-feira (25/03), promete renascer de novo: a Infinite Reality, empresa especializada em realidade virtual estendida, anunciou a compra do Napster por US$ 207 milhões. 

O objetivo da nova proprietária é transformar o serviço em uma “plataforma musical definitiva”, voltado para experiências em ambientes virtuais, maior interação entre fãs e artistas e eventos exclusivos.

Por que a Infinite Reality comprou o Napster?

John Acunto, cofundador e CEO da Infinite Reality, definiu os planos para o Napster como “disrupção digital”. A proposta, bastante ousada, é transformar a forma como a música é consumida, criando uma experiência mais imersiva e personalizada. O foco está nos superfãs, que buscam um conteúdo exclusivo.

A nova abordagem do Napster incluirá ambientes virtuais 3D, onde os fãs poderão interagir com os artistas, assistir a shows ao vivo, participar de audições e adquirir produtos físicos e digitais. 

A plataforma também será integrada a outras aquisições da Infinite Reality, como a Drone Racing League e empresas de eSports, para criar um ecossistema digital integrado.

Relembre a história do Napster

O Napster tem uma história marcada por altos e baixos. Criado por Shawn Fanning e Sean Parker — aquele do Facebook — e lançado em 1999 como um serviço de compartilhamento de arquivos peer-to-peer, rapidamente se tornou um fenômeno, permitindo que os usuários baixassem e compartilhassem arquivos MP3.

No entanto, a associação com a pirataria, especialmente entre os artistas, fez com que a plataforma fosse fechada em 2001, após batalhas judiciais que se arrastaram até depois de seu fechamento.

Em 2008, a Best Buy comprou o Napster para tentar transformá-lo em um negócio rentável. Mas não deu certo: o serviço enfrentou intensas batalhas judiciais nos Estados Unidos para se manter no mercado, incluindo a adoção de um modelo de assinatura para a venda de músicas.

Em 2011, a Rhapsody comprou a marca, já adotando o modelo de serviço por assinatura mensal — à época, US$ 10 por mês. Somente em 2016 o Napster conseguiu restabelecer seu nome, e seguiu como um serviço de streaming. No Brasil, as mensalidades variam entre R$ 17,99 no plano individual e R$ 26,99 no plano familiar.

Nos últimos anos, o Napster passou por várias aquisições estratégicas, incluindo a MelodyVR, em 2020, e mais recentemente a Hivemind e a Algorand, empresas focadas em web3 e blockchain. 

Com informações da CNBC

Napster é adquirido por US$ 207 milhões e ganha novo foco em realidade virtual

Adicionar aos favoritos o Link permanente.