Jornalista é incluído em chat e recebe planos de guerra dos EUA

Uma grave falha de segurança no governo Donald Trump expôs informações confidenciais sobre ataques militares dos Estados Unidos. O editor-chefe da revista The Atlantic, Jeffrey Goldberg, foi adicionado por engano a um grupo no aplicativo Signal que reunia altos funcionários do governo americano para discutir operações contra os rebeldes Houthis, no Iêmen.Entre os participantes do grupo, estavam o vice-presidente J.D. Vance, o secretário de Estado Marco Rubio e o secretário de Defesa Pete Hegseth. Durante as conversas, os membros compartilharam detalhes estratégicos sobre os ataques e discutiram a viabilidade da ofensiva, expondo discordâncias dentro do governo.Conteúdo RelacionadoEduardo Bolsonaro anuncia licença do mandato e decide morar nos EUAPesquisa aponta popularidade de Trump em quedaTrump ameaça taxar vinhos e champanhe da União Europeia em 200%Goldberg relatou que foi incluído no grupo após aceitar uma solicitação de conexão de um usuário identificado como Michael Waltz, nome do Conselheiro de Segurança Nacional dos EUA. Pouco depois, passou a acompanhar discussões sobre a necessidade da ofensiva e os desafios políticos e comunicacionais envolvidos na ação militar. Dois dias antes do ataque, foram compartilhadas informações sigilosas sobre alvos, armas e estratégias.O presidente Donald Trump negou envolvimento e afirmou desconhecer a situação. “Não sou fã da The Atlantic. Para mim, é uma revista que está saindo do mercado”, declarou. O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, Brian Hughes, confirmou a existência do grupo e disse que a falha está sendo investigada.A revelação gerou críticas de parlamentares democratas, que classificaram o incidente como uma das maiores falhas de segurança já registradas. O senador Jack Reed, membro do Comitê de Serviços Armados do Senado, condenou a imprudência da administração Trump: “Operações militares precisam de máxima discrição. A negligência demonstrada é impressionante e perigosa.”O uso do Signal para discutir temas tão sensíveis também foi criticado. Embora o aplicativo seja utilizado para marcar reuniões e tratar de questões logísticas, ele não é autorizado para o compartilhamento de informações sigilosas. O episódio levanta sérias dúvidas sobre os protocolos de segurança da gestão Trump e pode gerar novas investigações sobre a condução de assuntos estratégicos dentro do governo.
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