Cristian Cravinhos revela o que motivou a matar os Richthofen

O nome Cravinhos ficou marcado para sempre na história criminal do Brasil. Mais de duas décadas após o assassinato de Manfred e Marísia von Richthofen, Cristian Cravinhos, um dos condenados pelo crime, falou sobre seu passado, sua condenação e a vida após a prisão. Agora em liberdade, ele afirmou que não pensa em mudar o sobrenome e refletiu sobre os motivos que o levaram a participar do homicídio que chocou o país.Em entrevista ao jornalista Ullisses Campbell, do O Globo, Cristian, hoje com 49 anos, afirmou que, se pudesse voltar no tempo, teria tomado outra decisão. “Se o tempo voltasse, eu diria ‘não’. Mas até hoje tenho dificuldade de dizer ‘não’. Naquela época, eu vivia desesperado, sem controle emocional. Não sei responder. Só não vai por nessa entrevista que fiz o que fiz por dinheiro, porque não é verdade”, declarou.“Acreditei que conseguiria impedir”Cristian tentou explicar o que passava por sua cabeça no momento do crime. Segundo ele, a falta de controle emocional e o desespero foram determinantes para sua participação. “Não tive controle da situação. Acreditei que conseguiria impedir o que estava prestes a acontecer, mas acabei envolvido. Eu não tinha um histórico criminal, nunca fiz nada parecido antes, e talvez por isso as pessoas questionem tanto minha participação no que aconteceu”, relatou.Ele reconheceu que cometeu um erro irreversível e afirmou que ainda lida com as consequências, não apenas da Justiça, mas do julgamento social. “A punição que recebi foi consequência dos meus atos, mas a condenação da sociedade é muito maior. Eu sei que parece que estou minimizando a gravidade do que fiz ao chamar um homicídio de erro. Mas tem certas palavras que não consigo falar no dia a dia sem me emocionar”, admitiu.Quer ler mais notícias de Fama? Acesse o nosso canal no WhatsApp!“Vou honrar meu sobrenome até o fim”Diferente do irmão Daniel, que optou por alterar o nome, Cristian garantiu que nunca cogitou se desvincular do sobrenome Cravinhos. “Eu vou honrar o meu sobrenome até o final da vida. Eu caí com esse nome e vou me levantar com ele. Estou disposto a pagar esse preço”, afirmou.Sobre o julgamento social, ele disse que as críticas vêm, em sua maioria, da internet, mas que não sente o mesmo peso na vida cotidiana. “Consigo tirar de letra. Na rua, não sofro retaliações, mas a sociedade me condenou mais do que a Justiça. A Justiça me deu um tempo de pena, mas a sociedade impõe uma sentença perpétua”, concluiu.
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