Aluguel em Florianópolis não é bom negócio para donos de imóveis, aponta pesquisa

O aluguel em Florianópolis é o 5º mais caro do Brasil, com a média de R$ 56,64/m². Foi o que apontou a pesquisa FipeZap+, divulgada na terça-feira (18). No entanto, o lucro obtido pelos que alugam imóveis residenciais na capital catarinense está entre os menores do ranking de rentabilidade.

Bairro Estreito, em Florianópolis, na região continental – Foto: Leo Rosso/PMF/ND

A pesquisa analisa o preço cobrado em imóveis residenciais por metro quadrado, com base na oferta de aluguéis em sites online.

Conforme a mesma pesquisa, em fevereiro de 2024, o preço era R$ 50,34/m² e a capital ocupava o 3º lugar entre as cidades mais caras para morar de aluguel. Em um ano, o preço médio do aluguel em Florianópolis aumentou 12,5%. Apesar do preço ter aumentado, outras cidades com maior valorização ultrapassaram o município, que foi para 5º no ranking.

  1. Barueri (SP)-R$ 63,57/m²
  2. São Paulo (SP)-R$ 59,19/m²
  3. Recife (PE)-R$ 56,67/m²
  4. Belém (PA)-R$ 56,62/m²
  5. Florianópolis (SC)-R$ 55,64/m²

Trindade, um bairro popular entre universitários, é o mais caro para morar de Florianópolis entre os 10 do município analisados na pesquisa. A média do aluguel no bairro é R$ 65,6 /m².

Aluguel em Florianópolis está entre os que menos rendem do Brasil

Na contramão do aumento dos preços para quem mora de aluguel em Florianópolis, o lucro do dono do imóvel residencial está entre as menores do Brasil. Conforme o FipeZap+, a taxa de rentabilidade do locatário sobre o preço do aluguel em Florianópolis é de 5,56%. O índice coloca a capital como a 9ª que menos rende entre 36  municípios analisados do ranking.

Em uma entrevista sobre o mesmo assunto em julho de 2024, a economista Laura Pacheco, do Instituto Brasileiro de Finanças, explicou que a baixa rentabilidade do aluguel está ligada ao aumento no preço de venda de imóveis em Santa Catarina.

A economista explica que, quanto maior o preço da compra do imóvel, menor será o lucro para quem deseja alugá-lo.

“Em geral, quando o imóvel vai ficando muito, muito caro, acaba sendo mais difícil rentabilizar. Tanto que pensando em estratégias de investimento no mercado imobiliário com o objetivo de fazer renda, faz muito mais sentido comprar imóveis mais baratos do que imóveis mais caros”, explica.

Segundo ela, em um contexto em que o rendimento do aluguel não acompanha o aumento no valor de venda dos imóveis para morar, quem se beneficia é o inquilino.

“Vale a pena alugar na perspectiva de quem está alugando, porque para quem é proprietário do imóvel, quanto mais alto o preço do imóvel, mais difícil ele rentabiliza percentualmente pelo preço que vale o imóvel”, pontua.

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