Sem aceitar ministério, Pacheco ainda considera tentar governo de MG

O ex-presidente do Senado e do Congresso Rodrigo Pacheco (PSD-MG) não será ministro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), mas ainda considera disputar o governo de Minas Gerais em 2026. Segundo apurou o Poder360, o senador tentará fazer no médio prazo suas próprias articulações para viabilizar sua candidatura. Com isso consolidado, negociaria o apoio a Lula, garantindo o palanque tão almejado pelo petista no Estado.

Lula queria uma garantia de que Pacheco disputaria as eleições no ano que vem para assumir um ministério. O senador, entretanto, avalia ser cedo para decidir definitivamente se será candidato ao governo de Minas Gerais em 2026.

A avaliação do senador é de que integrar o governo seria como se filiar ao PT. Isso porque só os integrantes do partido tendem a aceitar determinações de Lula com tanta antecedência.

Pacheco preferiria esperar para negociar o apoio no médio e longo prazo. Caso o senador aceitasse um ministério, alianças com PP e União Brasil em Minas ficariam mais distantes, reduzindo suas chances reais de vitória.

O ex-presidente do Congresso planeja conversar com prefeitos –em Minas são 853–, empresários, deputados e senadores para montar seu próprio palanque para o governo estadual. Pacheco só toparia falar publicamente do tema a partir de outubro, a 1 ano do pleito, tentando evitar se expor e virar alvo prematuramente.

Lula, entretanto, queria adiantar o apoio do mineiro. Este prefere esperar e acredita que estará melhor posicionado para negociar no futuro. Estar fora do governo ajudaria, na visão de Pacheco, a formar sua base de apoio em Minas. Seria um palanque mais valioso para o petista, que não pode renunciar a ter candidato forte no Estado.

Não seria a 1ª vez, porém, que o mineiro desiste de disputar uma eleição majoritária. Em 2022, o nome de Pacheco foi aventado para a disputa, inclusive com um grande ato de filiação ao PSD de Gilberto Kassab, presidente da sigla.

O evento foi realizado no memorial JK, em Brasília. O local funciona como um museu do ex-presidente Juscelino Kubitschek, ex-presidente mineiro. À época, a expectativa era que uma possível campanha ao Planalto se apoiasse no legado de JK, mas Pacheco decidiu seguir como presidente do Senado.

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