Não tive retorno do Ibama sobre reunião, diz Alexandre Silveira

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta 5ª feira (20.mar.2025) que não teve retorno do Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) aos seus pedidos para conversar com o chefe do órgão ambiental, Rodrigo Agostinho, sobre a licença para a Petrobras explorar a Margem Equatorial.

Silveira pediu uma agenda com Agostinho no início da semana passada. Em conversa com jornalistas, O ministro disse que prefere não acreditar que o presidente do Ibama está de “má vontade”, mas que avalia que a falta de retorno para uma reunião entre os 2 demonstra que Agostinho tem “receio” em explicar aos brasileiros sua posição sobre a liberação ou não da licença.

“Eu já fiz o pedido, reiterei o pedido e não recebi nenhuma resposta do presidente do Ibama”, disse Silveira. “Eu prefiro acreditar que é um receio dele de ter a coragem para falar ao povo brasileiro qual a resposta dele em relação ao que eu cobro dele há vários meses sobre a margem equatorial. Não quero falar do lado pessoal, mas do institucional”.

Silveira também rebateu um artigo escrito pelo ex-ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, em que o ambientalista disse que a discussão sobre a exploração da Margem Equatorial deveria ser empurrada para o 1º semestre do ano que vem para não “contaminar” a COP 30 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas). O evento será realizado em Belém (PA), em novembro.

Na visão do ministro de Minas e Energia, o processo de obtenção da licença da Petrobras não é uma decisão política, mas sim técnica, e que não vê sentido para postergar essa discussão.

“Ele [Minc] está dizendo o seguinte, espere a Copa e faça depois. Qual o sentido prático disso? Enganar quem vem a COP? Sair politicamente correto? Nós já somos politicamente e estruturalmente corretos com relação à sustentabilidade”, declarou Silveira.

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