Após “aviso final” de Israel, ataque deixa 70 mortos em Gaza

Depois de Israel ter dado um “aviso final” para que o grupo extremista Hamas libere todos os reféns, um ataque aéreo deixou 70 pessoas mortas e dezenas de feridos na Faixa de Gaza, nesta 5ª feira (20.mar.2025).

Autoridades de saúde de Gaza informaram que casas foram destruídas de Norte a Sul do enclave. Nos últimos 3 dias, ao menos 510 palestinos foram mortos em decorrência de ofensivas israelenses. Mais da metade delas seriam mulheres e crianças, conforme disse Khalil Al-Deqran, porta-voz para saúde do território, à agência de notícias Reuters.

Na 3ª feira (18.mar), Israel lançou um bombardeio contra a Faixa de Gaza, deixando 404 mortos e 562 feridos. O número pode aumentar, uma vez que ainda há vítimas sob os escombros, segundo a Al-Jazeera.

O ataque foi o mais sangrento desde o início do conflito e quebrou o cessar-fogo iniciado em 19 de janeiro.

Em uma publicação no X, o porta-voz de língua árabe das IDF (Forças de Defesa de Israel), coronel Avichay Adraee, anunciou as “zonas de combate” que são alvo dos ataques e pediu para civis evacuarem delas. Segundo ele, os bombardeios concentram-se nas cidades de Beit Hanoun e Khuza’a, e nos subúrbios de Abasan, Khan Younis.

Para sua própria segurança, vocês devem evacuar imediatamente para abrigos conhecidos no oeste da Cidade de Gaza e em Khan Younis“, afirmou.

Eis a tradução em português:

“Aviso a todos os moradores da Faixa de Gaza que se encontram na área marcada em vermelho, especialmente nos bairros de Beit Hanoun, Khirbet Khuza’a, Abasan al-Kabira e Abasan al-Jadida.

“O Exército de Defesa de Israel iniciou um forte ataque contra as organizações terroristas. As áreas mencionadas são consideradas zonas de combate perigosas!

“Para sua segurança, evacue imediatamente para os abrigos conhecidos no oeste da Cidade de Gaza e aqueles localizados na cidade de Khan Yunis.

“Permanecer nas áreas designadas coloca em risco sua vida e a vida de seus familiares.”

NETANYAHU DIZ QUE ATAQUES CONTINUARÃO

O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que os ataques continuarão e são uma “resposta” à recusa do Hamas em libertar prisioneiros israelenses. Ambos os lados do conflito vivem um impasse a respeito do acordo de cessar-fogo.

Isso ocorre após a recusa repetida do Hamas em libertar nossos reféns, bem como sua rejeição de todas as propostas que recebeu do enviado presidencial dos EUA, Steve Witkoff, e dos mediadores. Israel, a partir de agora, atuará contra o Hamas com força militar crescente”, afirmou Israel nas redes sociais.

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