Trump volta a pedir que Irã pare “imediatamente” de apoiar os houthis

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump (Republicano), voltou a dizer nesta 4ª feira (19.mar.2025) que o Irã deve parar “imediatamente” de enviar suprimentos aos houthis no Iêmen. Em uma postagem na rede Truth Social, o republicano afirmou que o governo iraniano deve deixar o grupo iemenita lutar por si.

“De qualquer forma, eles perdem, mas dessa forma eles perdem rapidamente. Tremendos danos foram infligidos aos bárbaros houthis, e observe como isso vai piorar progressivamente — Não é nem uma luta justa, e nunca será. Eles serão completamente aniquilados”, disse Trump na publicação.

A declaração do presidente norte-americano se deu depois de o Irã resistir em negociar um acordo nuclear com os EUA. Ali Khamenei, o líder supremo do país do Oriente Médio, disse não haver sentido em firmar um tratado com os EUA quando os iranianos sabem que “eles não vão honrar”.

Segundo fontes do portal Axios, a carta enviada por Trump ao Irã incluía um prazo de 2 meses para chegar ao novo acordo, o que indica um período de negociações entre os 2 países antes de uma possível retaliação dos EUA. O republicano também já ameaçou ações contra o Irã caso o país interfira no conflito com os houthis.

O presidente dos EUA busca afastar os iranianos do conflito com os houthis, visto que o contínuo apoio do país ao grupo iemenita dificultaria assinar o acordo desejado pelo governo norte-americano.

EUA E OS HOUTHIS

As tensões entre os houthis e o governo norte-americano aumentaram depois do início da guerra entre Israel e o Hamas em 2023. Na época, o grupo iemenita começou a atacar navios mercantes que passavam pela região do Mar Vermelho, o que incluia frotas norte-americanas.

Entretanto, o governo do ex-presidente Joe Biden (Democrata) não assumiu uma postura combativa em relação aos houthis e buscou uma resposta militar limitada e mais “defensiva”.

O grupo entrou em conflito com os EUA no sábado (15.mar) depois do presidente Trump ordenar ataques ao Iêmen. Segundo a Casa Branca, ofensivas contra embarcações no Mar Vermelho motivaram a ação norte-americana.

No começo dos ataques, o republicano alertou o Irã para que não apoiasse os houthis, que prometem continuar a ofensiva contra os EUA e seus aliados, como Israel.

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