Sem relatório, Alcolumbre quer votar Orçamento na 5ª feira

O presidente do Congresso Nacional, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), quer votar o Orçamento na CMO (Comissão Mista de Orçamento) e no plenário na 5ª feira (20.mar.2025). 

O relatório, porém, sequer foi apresentado à comissão. O relator, o senador Angelo Coronel (PSD-BA), enviou seu parecer à consultoria da Câmara na noite de 3ª feira (18.mar). A expectativa é que os líderes se reúnam na manhã de 5ª feira, leiam e votem a PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual) às pressas.

Como antecipou o Poder360, havia a expectativa de que o Orçamento só fosse votado no início de abril, já que Alcolumbre e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), irão acompanhar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na viagem oficial ao Japão e ao Vietnã.

Alcolumbre chegou ao plenário do Senado dizendo que ofereceria uma solução para a votação antes de deixar o país. Ele disse que o Orçamento será votado à moda do “método Davi”.

O Orçamento deveria ter sido votado em 2024. A culpa pelo atraso é alvo de acusações entre Governo e Congresso nos últimos meses. Na 3ª feira, o presidente da CMO, o deputado Julio Arcoverde (PP-PI), atribuiu mais uma leva de atrasos ao recebimento de ofícios do Ministério do Planejamento.

Na última semana, o governo correu para incluir o Pé-de-Meia e o Vale Gás na conta. Também foi incluído um aumento de R$ 8 bilhões em gastos com benefícios ligados à Previdência. 

Para se ter uma ideia, hoje pela manhã, às 09h30 chegou mais um ofício do governo pedindo mudanças. E a cada ofício, as alterações levam os técnicos da Consultoria de Orçamento a praticamente rever todo o texto do relatório final do senador Angelo Coronel”, declarou o presidente da CMO.

A sessão conjunta do Congresso Nacional foi convocada para as 15h. O colégio de líderes irá se reunir às 9h. Depois, às 10h, começa a deliberação na CMO. O texto final segue para a mesa do Congresso.


Este texto foi parcialmente produzido pela estagiária de jornalismo Sabrina Fonseca, sob coordenação do editor Augusto Leite.

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