Selic em escalada: veja quais são as 7 ações que superaram o CDI nos últimos anos

O Comitê de Política Monetária (Copom) decidirá nesta quarta-feira, 19, a nova taxa básica de juros. A esmagadora maioria do mercado aponta para uma Selic em 14,25% ao ano, fruto de uma elevação em 1 ponto percentual (p.p.), consequentemente elevando a rentabilidade do CDI.

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Nesse contexto de Selic em alta, investimentos em renda variável – como ações – tendem a ficar menos atrativos ao passo que a renda fixa ganha espaço no mercado. Um estudo feito pela Elos Ayta mostra que algumas poucas empresas listadas na B3 conseguiram entregar retornos acima do CDI de maneira recorrente nos últimos cinco anos.

A pesquisa acompanhou o desempenho de diversos papéis em uma janela de 18 de março de 2021 a 18 de março de 2025, identificando quais deles tiveram resultados superiores ao CDI em todos os anos do período analisado.

O levantamento apontou sete empresas que se sobressaíram ao longo do tempo, apresentando números que deixaram a renda fixa para trás.

As ações ordinárias da Petrobras (PETR3) registraram a maior valorização entre as empresas analisadas, acumulando um avanço de 993,22% em cinco anos. Para efeito de comparação, entre março de 2020 e março de 2021, a ação teve alta de 109,98%, enquanto o CDI rendeu 2,26% no mesmo intervalo – uma diferença de 107,72 pontos percentuais.

A segunda posição ficou com os papéis preferenciais da Petrobras (PETR4) que apresentaram uma valorização de 964,74% no mesmo período.

Entre as instituições financeiras, o Banco do Brasil (BBAS3) obteve um retorno de 229,82% ao longo dos cinco anos analisados.

No setor industrial, a Embraer (EMBR3) teve um crescimento acumulado de 764,12%. Já a Technos (TECN3), do segmento de acessórios, registrou um desempenho de 380,82% no período.

Entre as empresas de logística, a Santos Brasil (STBP3) se destacou com uma valorização de 552,68%. A Sabesp (SBSP3), do setor de saneamento, teve o menor retorno dentro desse grupo, mas ainda assim ficou acima do CDI, acumulando 195,84%.

Os resultados mostram que empresas de diferentes áreas conseguiram se sobressair mesmo em um contexto de juros elevados. No caso da Petrobras, a valorização do petróleo no mercado global e a distribuição de dividendos influenciaram os resultados.

Por outro lado, a Embraer aproveitou a recuperação da aviação comercial após a pandemia e a Santos Brasil se beneficiou do crescimento das exportações e da necessidade de infraestrutura portuária.

Expectativa para Selic em 2025

Conforme a edição mais recente do Boletim Focus, para 2025 o consenso do mercado financeiro projeta uma Selic de 15% ao fim do ano, projeção que é mantida igual há 10 semanas. Para o ano que vem, a projeção é de uma taxa básica de juros de 12,50%.

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