Juros altos “só prejudicam a economia” e encolhem setor, diz indústria

O setor industrial criticou nesta 4ª feira (19.mar.2025) a decisão do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central em elevar novamente a Selic em 1 ponto percentual. Com isso, a taxa passou de 13,25% para 14,25% ao ano.

A CNI (Confederação Nacional da Indústria) afirmou que os juros altos “só prejudicam a economia”. Declarou ainda que a medida “não é necessária para controlar a inflação”.

O presidente da confederação, Ricardo Alban, disse que a “desaceleração intensa da economia” já seria suficiente para isso. Eis a íntegra (PDF – 310 kB) da nota.

“Juros mais altos significam crédito mais caro para as empresas e os consumidores. No caso das empresas, inviabilizam investimentos e dificultam o acesso a recursos de capital de giro essenciais para as necessidades do dia a dia. Com isso, as empresas crescem menos e criam menos empregos, prejudicando a população”, acrescentou a CNI.

A Fiemg (Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais) disse que a “política de juros altos vai encolher a indústria nacional”. Em tom crítico, o presidente da entidade, Flávio Roscoe, afirmou que o efeito sobre a inflação será o oposto do esperado: ao invés de conter, passa a pressioná-la.

“É essencial implementar medidas que não apenas mantenham a inflação sob controle, mas também contenham os gastos públicos, preservem o ambiente de negócios, estimulem investimentos produtivos e promovam o crescimento econômico de maneira sustentável”, declarou. Eis a íntegra (PDF – 66 kB) da nota.

FECOMERCIOSP

A FecomércioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) disse que não restava alternativa ao Copom quanto a elevar o juro-base. A entidade mencionou que a inflação de fevereiro “foi muito significativa”.

No mês passado, a taxa foi de 1,31%. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) acumulado em 12 meses alcançou 5,06%, acima do teto da meta –4,5% ao ano.

A federação mencionou ainda o cenário de incerteza fiscal. Eis a íntegra (PDF – 144 kB) do documento.

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